Ministério Público investiga esquema de laranjas na Câmara de Itapetinga

Ministério Público investiga esquema de laranjas na Câmara de Itapetinga

Revelações do IDenuncias, motivou investigação do Ministério Público de Itapetinga sobre existência de assessores laranjas na Câmara, que obrigavam comissionados a devolverem parte dos salários aos vereadores.


Vereadores de Itapetinga controlaram a imprensa local, mas dificilmente terá controle sobre as investigações do Ministério Público


Em uma iniciativa do site IDenuncias, em publicar uma série de reportagens revelando um esquema de assessoria laranja na Câmara Municipal de Itapetinga, publicado este mês 06/2019, o ministério público de Itapetinga deu inicio a maior investigação de sua história contra o poder publico municipal.

O esquema consiste de nomeações fraudulentas com intuito de vereadores municipais embolsarem partes dos salários pagos a assessores parlamentares lotados em seus gabinetes.

Revelado em detalhes pelo IDenuncias, o site não poupou nenhum dos 15 vereadores, ao contrario da imprensa do município de Itapetinga em sua maioria patrocinadas por políticos, que insistem em ignorar os fatos revelados amplamente e divulgados através de aplicativos como WhastApp  e plataformas de rede sociais.

A conveniência da imprensa local focou em outra apuração do Ministério Pública que começar a investigar as indenizações pagas a assessores comissionados da Câmara de Itapetinga as vésperas do ex-presidente Eliomar Bareiras (Tarugão), deixar a presidência da Casa Legislativa.

A denuncia contra o vereador e ex-presidente Barreiras (Tarugão), divulgado pela mídia local, explora os pagamentos de indenizações trabalhistas pagas a comissionados, como férias vencidas.  Muito distante das denuncias graves reveladas pelo site, que apontou um esquema onde vereadores retém parte dos salários dos servidores comissionados.

Com total controle sobre os cargos e salários dos assessores parlamentares, os vereadores da Câmara de Itapetinga implantaram ao longo dos anos uma espécie de ‘rachadinha’, estilo Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde deputados estaduais são investigados por fraudes em nomeações de assessores com intuito de ficarem com parte dos salários. O caso envolve o filho mais velho do presidente da republica, Flávio Bolsonaro, na época exercia o cargo de deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Em Itapetinga o caso revelado pelo IDenuncias causou perplexidade entre os moradores da cidade, em sua maioria desconheciam o esquema vicioso dentro do Legislativo Municipal. Que podem levar vereadores e assessores a responderem por crime de peculato, com pena de 2 a 12 anos de prisão e mais multas.

Reação só após Ministério Público

Mesmo diante das publicações os vereadores itapetinguenses conseguiram em pouco tempo montarem um ‘cala-boca’ coletivo no caso do laranjal, silenciando a imprensa local que é patrocinada, por políticos governistas e de oposição, dando fôlego aos parlamentares que até então respiravam aliviados tendo a certeza o esquema não iram desmoronar sobre suas cabeças.
   
Na noite do dia 19, o clima mudou o respirar de alivio dos vereadores deram a de tensão, os ‘ardis’ foram informados pela presidente da Câmara, Naara Duarte, enroscada com assessores laranja em seu gabinete, que o Ministério Público de Itapetinga havia requerido todas as informações sobre os assessores parlamentares da Casa, como o pedido da MP, vereadores perceberam que havia além do IDenuncias, um órgão tão quanto danoso para suas reputações que o site denunciante.

O temor de uma ampla investigação no esquema de ‘rachadinha’ usando assessores laranja ficou visível em discursos e silêncio por parte de vereadores, acompanhamos em transmissão ao vivo a sessão pelo Facebook. A maioria preferiu o silêncio que dá ênfase à iniciativa do Ministério Público de Itapetinga em investiga-los.