Em entrevista senador Jaques Wagner desarranja o PT baiano e favorece o favoritismo de ACM Neto a governador da Bahia.
Na Imagem: Ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB) e Sanador Jaques Wagner (PT). |
O senador e ex-govenador Jaques Wagner (PT) é classificado nos bastidores da política baiana com um falastrão incorrigível capaz de criar situações embaraçosas. Bem, bastou uma entrevista na manhã da segunda-feira (7) à rádio Metrópole de Salvador para piorar o que estava ruim no arranjo petista que levava o governador Rui Costa (PT), para o senado e Otto Alcançar (PSD) do senado para a candidatura a governador da Bahia.
Em entrevistas à Metrópole, Wagner havia afirmado que Rui Costa ficaria no governo do Estado até o fim do mandato, isso, sem autorização do governador, esse, preferiu desviar da imprensa e evitar comentar sobre o desarranjo do senador Wagner, que afirmou ainda que Otto manteria candidatura ao Senador Federal.
Até então o novo arranjo petista, teria que ficar nos bastidores trancado a ‘sete chaves’, sem vazar nada a imprensa para não haver desgaste, e deixaria para o mês de maio anunciar uma nova composição para não provocar fissuras na base de apoio do PT na Bahia.
Quando o falastrão Wagner desarranjou o arranjo petista, ao citar que o governador Rui Costa não vai renunciar e cumprirá o seu mandato, a novidade não caiu nada bem na cúpula do PP. A expectativa dos progressistas, mais precisamente do seu presidente na Bahia, João Leão, era de assumir o Palácio de Ondina por nove meses, o que seria um sonho para o atual vice-governador baiano.
Se a noticia que PP do vice-governador não assumiria o governo da Bahia, já seria motivo de um rebu geral, imagine aí quando Wagner abriu a boca para aponta os possíveis candidatos do PT a governador do Estado nessa eleição: a prefeita de Lauro de Freitas Moema Gramacho (PT) que encabeçaria a chapa com o secretário do Estado e ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano (PT).
Com a novidade póstuma por Wagner, que os prováveis candidatos Moema e Caetano conhecidos no recôncavo baiano e completamente desconhecido no resto do Estado, seriam a dupla petista para governador. O PP de políticos ‘cobras criadas’, procurou sair de um possível velório pós-eleição do PT baiano, e se esquivarão em direção ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB), líder nas pesquisas. Isso tudo, em menos de 24 horas, após a entrevista do senador Jaques Wagner.
Como a política é feita de oportunismo, ACM Neto embarcou para a Brasília nesta terça-feira (8) para uma série de reuniões, em especial, com o presidente nacional do PP e Ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, com objetivo de carimbar o apoio da legenda a sua candidatura.
ACM Neto é na verdade a opção de Lula para o Palácio de Ondina (VEJA AQUI) |
A bagunça deixada por Wagner que acredita cegamente que qualquer nome na Bahia apoiado por Lula, sai de 30% nas pesquisas, não animou nem mesmo os mais radicais dos petistas que dirá políticos experientes que sabem perfeitamente bem que o único nome do PT que poderia disputar de igual para igual com ACM Neto seria o próprio Wagner.
O desarranjo de Wagner acende alerta vermelho na campanha a reeleição ao senado de Otto Alencar que insiste ficar no senado. O senador baiano sabe que precisa do combustível, ou melhor, dizendo, dos votos e do sucesso na campanha de governador para levar a única vaga disponível no Estado, geralmente na Bahia a chapa vencedora leva o senado. Se caso a chapa petista fracasse o retorno de Otto ao sanado federal também fracassará.
Mas uma coisa é certa, quem se deu bem nos desarranjos petistas, não resta dúvida que foi ACM Neto, que corre para se dá bem em cima dos erros do PT baiano cheio de reviravoltas sem pé e cabaça.