A rede de crimes que envolve os filhos do presidente Bolsonaro

A rede de crimes que envolve os filhos do presidente Bolsonaro

Os filhos do presidente Bolsonaro são os principais suspeitos nos crimes antidemocratico, fake news e rachadinha.

A rede de crimes que envolve os filhos do presidente Bolsonaro
Na imagem: Eduardo Bolsonaro filho 3; (meio) Carlos Bolsonaro, filho 2 e Flávio Bolsonaro filho 1



Há 16 meses no poder, o presidente Jair Bolsonaro vem vivendo na gangorra de incertezas sobre sua continuidade na presidência da republica. Com avalanche de pedidos de impeachment por conta de crimes de responsabilidade a permanência na cadeira presidencial é dúvida. Já dos seus filhos 01,02 e 03, o futuro pode ser a cadeia.

Desde ato antidemocrático do domingo (19), que contou com a presença do presidente, um inferno astral abateu sobre clã dos Bolsonaros. A fúria das instituições democrática contra manifestação golpista transcendeu e tudo foi parar na Suprema Corte (STF).

Do domingo golpista para cá, os pilares bolsonarista abalaram de tal maneira que poucas coisas ficaram de pé. A começar com filhos do presidente, Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, de príncipes titulados por seguidores na rede sociais a chefes de organização para prática criminosa.

A puxada de tapete em Moro no Ministério da Justiça pelo chefe Bolsonaro, revelou que por trás da queda do diretor da Polícia Federal, Mauricio Valeixo, que culminou com a saída do ex-juiz da Lava Jato, escondia o verdadeiro propósito. O presidente queria saber até onde a PF, sabia do envolvimento dos seus filhos no inquérito sigiloso das Fake News conduzido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com portal de noticias Folha de S.Paulo, a PF identificou o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, como um dos articuladores do esquema criminoso de fake news.

Dentro da Polícia Federal, não há dúvidas de que Bolsonaro pressionou Valeixo, homem de confiança de Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado ao seu filho, chamado por ele de 02 e vereador do Rio de Janeiro pelo partido Republicanos. Diz a Folha.

O inquérito foi aberto em março do ano passado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, para apurar o uso de notícias falsas para ameaçar e caluniar ministros do tribunal.

Carlos é investigado sob a suspeita de ser um dos líderes da rede que monta notícias falsas e age para intimidar e ameaçar autoridades públicas na internet. A PF também investiga a participação de seu irmão Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de SP.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, tentou barrar a prorrogação da CPI das Fake News no STF, o filho 3 do presidente está na mira da Comissão Parlamentar, depois da descoberta que um computador do gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro, foi usado para criar uma página de ataques virtuais a adversários políticos.

A CPMI quebrou o sigilo do perfil “Bolsofeios”, no Instagram, e recebeu o documento do Facebook. Uma reportagem publicada pelo site Uol revelou que a quebra de sigilo liga o gabinete de Eduardo à conta de ataques virtuais.

A página, chamada Bolsofeios, foi registrada a partir de um telefone utilizado pelo secretário parlamentar do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Eduardo Guimarães.

Nos bastidores Parlamentares membros da CPI das Fake News, dá como certo a participação de Eduardo Bolsonaro, nos ataques virtuais contra congressistas e membros do judiciário. Há quem diga, que o filho 3 não escapará da cassação de mandato na Câmara dos Deputados.

Entre os filhos do presidente mais enrascado está o mais velho, senador Flávio Bolsonaro (sem partido/RJ). Esse superar todos os irmãos na arte da corrupção.  O Ministério Público do Rio de Janeiro descobriu que o esquema de ‘rachadinha’ de Flávio foi muito além da Assembleia do Rio (Alerj), quando ele exercia o cargo de deputado estadual.

Segundo Intercept Brasil, que teve acesso a documentos sigilosos levantados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, mostra que Flávio Bolsonaro financiou e lucrou com a construção ilegal de prédios erguidos pela milícia usando dinheiro público. 

O investimento para as edificações levantadas por três construtoras foi feito com dinheiro de “rachadinha”, coletado no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, como afirmam promotores e investigadores sob a condição de anonimato. O andamento das investigações que fecham o cerco contra o filho de Jair Bolsonaro é um dos motivos para que o presidente tenha pressionado o ex-ministro Sergio Moro pela troca do comando da Polícia Federal no Rio, que também investiga o caso, e em Brasília. Afirma Intercept Brasil.

O Intercept revela ainda, que os investigadores dizem que chegaram à conclusão com o cruzamento de informações bancárias de 86 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema ilegal, que serviu para irrigar o ramo imobiliário da milícia. Os dados mostrariam que o hoje senador receberia o lucro do investimento dos prédios, de acordo com os investigadores, através de repasses feitos pelo ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega morto na Bahia pela policia Militar e pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.

Neste sábado (25), o Ministério Público do Rio de Janeiro, após repercussão publicada pelo Intercept, divulgou nota, se manifestando sobre a matéria. O MP/RJ afirma que a reportagem "não retrata a verdade dos fatos". Como também não disse o que está de errado na publicação, sustenta que a investigação está sobre sigilo.

Tudo indica que as mascaras dos Bolsonaros caíram de vez, e revelaram quão nocivos e perigos são essas pessoas, que na campanha eleitoral forjaram de ativistas anticorrupção, só para se dar bem na política.