Enterro dos próprios: tiozão Eduardo Hagge é o coveiro da herança política da família Hagge após demissões de gabirabas.
![]() |
| Demissões em masa de aliados gabirabas e saruê da gestão Eduardo Hagge deixa seguidores do clã atônitos. |
Se você achava que as festas de fim de ano em Itapetinga seriam marcadas apenas por panetone e votos de prosperidade, subestimou o instinto piromaníaco do prefeito Eduardo Hagge. Em um movimento que faria o imperador romano Nero aplaudir de pé, o popular "Tiozão" decidiu que a melhor forma de celebrar o nascimento de Jesus era promover o velório político de quem o colocou na cadeira.
Sem direito a missa de sétimo dia ou choro de carpideira, Eduardo assinou o decreto que expurgou os últimos moicanos do gabirabismo (herança de seu pai, o saudoso Michel Hagge) e os remanescentes saruês (tropa de choque do sobrinho e ex-prefeito, Rodrigo Hagge).
O "crime" dessa turma? Ter cometido o erro fatal de eleger o Tiozão prefeito de Itapetinga. Como recompensa pela lealdade e pelo suor gasto na campanha, receberam um cartão vermelho de demissão em plena véspera de Natal. É a política do "obrigado por tudo, agora suma daqui". Eduardo parece acreditar que, para reconstruir sua glória pessoal, precisa primeiro reduzir a cinzas o alicerce que sustenta seu próprio sobrenome.
Guilhotina do Tiozão rola mais 15 cabeças de aliados na Prefeitura
Nos corredores da Prefeitura, o clima é de enterro e as fofocas correm mais rápido que o decreto de demissão. O que leva um gestor a canetar seus próprios aliados? As apostas são variadas: Há quem diga que o prefeito sucumbiu a uma paranoia política digna do imperador romano que decidiu incendiar seu próprio império, por achar que tinha inimigos por todos os lados; outros, mais maldosos, sussurram que o transtorno vem da traição conjugal da mulher que levou muitas mágoas para o coração do Tiozão; E há, claro, a tese mais pragmática: o Tiozão estaria abrindo a guarda (e o cofre) para figuras da oposição, trocando a fidelidade histórica pela barganha imediata.
A verdade é que Eduardo Hagge conseguiu o feito raro de unir gregos e troianos no espanto. Ao enterrar os símbolos do grupo que o criou, ele não apenas destrói o passado, mas implode a ponte para o futuro. Na política, a confiança é o único pilar que não aceita rachaduras; uma vez quebrada, nem o melhor engenheiro dá jeito.
'Coisas pequenas', diz prefeito Eduardo Hagge sobre demissões em massa de aliados
Michel Hagge governou por décadas baseando-se na palavra e no grupo. O filho, em poucos meses, preferiu o isolamento do carrasco. O "Tiozão" agora governa sobre as cinzas de um exército que ele mesmo desintegrou. Resta saber se, quando ele precisar de braços para segurar a arpa, ainda haverá algum gabiraba ou saruê disposto a esquecer a facada natalina.
É bom advertir: Se o prefeito te convidar para a ceia, leve seu próprio prato... e confira se o seu nome não está na lista de cortes antes da sobremesa.

Social Plugin