Em algo inédito, Moro prova que Bolsonaro mentiu no episódio da demissão do Diretor da Policia Federal
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Moro prova que Bolsonaro mentiu ao demitir Diretor da Policia Federal em mensagem trocada por WhastApp |
“Se mentira tem perna curta”, Jair Bolsonaro nesta altura virou perneta. Após o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, apresentar a TV Globo provas contundente de que o presidente da republica mentiu ao negar interferência na Policia Federal quando decidiu demitir o diretor geral.
Em tática corriqueira de fritura de aliado, Bolsonaro tentou aplicar no ex-ministro um golpe de desmoralização de figura pública. Logo em cima de Moro que tem uma larga experiência de 22 anos na função de juiz criminal e sabe, como poucos, que não se acusa alguém sem provas.
O contra-ataque de Moro sob Bolsonaro, veio após o presidente convocar todos os ministros a ficarem do seu lado em uma coletiva e acusa Moro de está mentindo sobre a acusação de que o presidente estaria interferindo na Policia Federal com pretexto de proteger seus filhos de investigações em caso da Fake News e Atos antidemocráticos.
As provas apresentada por Sérgio Moro, foi entregue a emissora arqui-inimiga do presidente da republica, a TV Globo e no horário jornalístico odiado por Bolsonaro, ‘Jornal Nacional’. A prova foi um print de tela do celular do aplicativo em mensagem WhastApp, enviado por Bolsonaro a Moro, no qual o presidente cita uma investigação contra deputados aliados ao pedir a troca do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
No print da imagem do diálogo, Bolsonaro envia a Moro o link de uma notícia do site O Antagonista, com a manchete: PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas. “Mais um motivo para a troca”, diz o presidente. A matéria faz referência ao inquérito das fake news, conduzido no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Mensagem de WhastApp enviado pelo Presidente Bolsonaro a Moro sobre investigação de deputados bolsonaristas, para justificar demissão de Diretor da Policia Federal |
Moro explica ao presidente que as diligências foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que preside o inquérito na Corte.
“Este inquérito eh conduzido pelo ministro Alexandre no STF, diligências por ele determinadas, quebras por ele determinadas, buscas por ele determinadas. Conversamos 0900” [9: 00 hs da manhã], diz Moro, em referindo à reunião que teria no dia seguinte com presidente Bolsonaro.
Para derrubar de vez o argumento de Bolsonaro sobre as condições imposta por Sérgio Moro, com a demissão do diretor da PF, que não sairia do governo se fosse indicado à vaga no STF. Moro exibiu uma conversa com a deputada federal Carla Zambelli, fiel aliada do presidente, em que ela pede para que Moro aceite uma vaga no STF em setembro, e também a troca na PF, pelo diretor da Abin. “Va em setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB prometer”.
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Mensagem de WhastApp trocada entre deputada bolsonarista e Sérgio Moro, afirmando que não estaria a venda sobre indicação a vaga no STF |
Moro responde de forma incisiva, “Prezada [deputada bolsonarista], não estou à venda”, responde ex-juiz.
“Ministro, por favor… milhões de brasileiros vão se desfazer”, implorou a deputada Zambelli.
Segundo relatos de pessoas próxima do ex-ministro, Moro ainda tem muita munição contra Bolsonaro, já que ambos tiveram inúmeras conversas, pessoais pelo WhatsApp. A expectativa é que em cada ataque do presidente contra o ex-juiz, uma resposta virá.
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