Com derretimento de Bolsonaro, até onde vai o apoio do prefeito Hagge ao presidente?

Com derretimento de Bolsonaro, até onde vai o apoio do prefeito Hagge ao presidente?

O Jogo Hagge de apoio a Bolsonaro da sinais de erosão, com ACM Neto querendo distancia do presidente e o MDB da Bahia apoiando o PT. 

Com derretimento de Bolsonaro, até onde vai o apoio do prefeito Hagge ao presidente?
Presidente da republica Jair Bolsonaro (Sem partido) e o prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), na reinauguração do aeroporto de Vitoria da Conquista.

A política é feita de oportunidades, “no dando que se recebe”, isso ninguém tem dúvidas. Mas, sempre paira uma pergunta no ar, até onde vai à crença do prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB) no presidente da republica Jair Bolsonaro, que continua a descer ladeira abaixo na popularidade? A resposta para essa pergunta certamente só o prefeito possa dá com clareza. Isso, em curto prazo.

Eleito, em uma eleição sem concorrente a altura, Hagge vem dando apoio abertamente a Bolsonaro. Como na visita do presidente a Salvador, que chegou a declarar na mídia que “Itapetinga é a cidade mais bolsonarista da Bahia”, o bordão do prefeito fez torcer muitos narizes na terra da pecuária que sente os efeitos devastadores de um governo desastrado.

A pesquisa Datafolha de setembro que diagnosticou o desejo dos brasileiros, embora rejeitado pelo bolsonarismo sem noção, revelou o potencial de Bolsonaro a levar o país à bancarrota e consigo todos os brasileiros.

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Datafolha: Lula vence no 2º turno com 56% contra 31% de Bolsonaro e terceira via estagna. (VEJA AQUI)

A reprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro bateu recorde, de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada nesta semana. O índice dos que consideram a gestão ruim ou péssima chegou a 53%, o maior desde o início do mandato.  O número foi alcançado após os episódios do 7 de setembro, em que Bolsonaro fez ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e depois recuou.

Mas os recortes da pesquisa expõem ainda mais o derretimento do apoio inclusive entre grupos que, tradicionalmente, integram a base mais sólida. Para Mauro Paulino, diretor do Datafolha, em entrevista ao O Globo, diz que eleitores mais antipetistas e que não enxergam uma alternativa competitiva contra Lula (PT) ainda são a base mais fiel do presidente. Assim com prefeito Hagge, que investe na crença bolsonarista com discurso esfarrapado que está em busca de benefícios para Itapetinga, recursos esses, que custam a chegar ao município. 

Se, é, por ideologia bolsonarista ou não, o prefeito Hagge tem arrastado muitos itapetinguenses em cargos de confiança na Prefeitura e ligados a políticos aliados a acreditarem no bolsnarismo sem enxergar, o rachadão da família Bolsonaro, publicado pela revista Isto É, e a corrupção no governo investigado pela CPI da Covid, que por ignorância chegam a desafiar os contrários ao presidente a provar que roubou mais, se foi o governo do PT ou o governo Bolsonaro.

Adoradores do “Mito”, como o prefeito Rodrigo Hagge e seu vice-prefeito Renan Pereira (DEM), terão que ir muito além do falso “mito” para conquistar votos para o presidente no ano que vem. Isso, se Bolsonaro não sofrer impeachment até lá. O derretimento popular do presidente e a consolidação de Lula a cada pesquisa de opinião é sem dúvida um pressagio de uma amarga derrota de Hagge em seu curral eleitoral, que cada vez mais vem perdendo seus gados de campo, só restando as das suas crias na Prefeitura de Itapetinga.

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E o mudinho bolsonarista de Hagge tende a estremecer nos próximos meses, com pressão do seu partido MDB da Bahia, que vem exigindo uma postura política alinhada ao Diretório Estadual, comprometido com o governo Rui Costa do PT, enquanto o prefeito de Itapetinga toma caminho Carlista de apoio ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto do Democrata. E a tarefa Hagge, não será fácil, pedi voto ao ex-prefeito da Capital e a Bolsonaro ao mesmo tempo,  candidato presidencial que ACM Neto quer distância na Bahia.