PT de Itapetinga: um partido que arrota grandeza de barriga vazia

Com média de 5 mil votos, PT de Itapetinga insiste na retórica de partido decisivo, enquanto amarga um único vereador a cada eleições.   

Partido dos Trabalhadores de Itapetinga em evento no plenário da Câmara de Itapetinga.

Toda legenda partidária tem seus filiados "sem noção" geralmente aqueles que sofrem da síndrome da ignorância, que beira a arrogância e é alimentado pela ilusão de sabedoria. Quando se trata de uma pessoa, até pode ser tolerável. Mas o que fazer quando toda a diretoria de um partido é assim? A resposta é difícil, mas a explicação é simples: quando a paixão partidária supera a intelectualidade, o resultado é um grupo tomado pela mania de grandeza para ocultar a gigantesca fraqueza.

O PT chegou ao poder federal pela insistência de sua maior liderança, o hoje, presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na Bahia, surfou na onda lulista. E em Itapetinga? A estratégia foi simples: lançou um candidato que era vice-prefeito em uma das maiores gestões da cidade, a do doutor José Otávio Curvelo, do (União Brasil). José Carlos Moura, então vice, perdeu a primeira eleição para o velho Gabiraba, mas na disputa seguinte deu o troco, derrotando Michel Hagge (MDB) com uma frente ampla.

E o PT nisso tudo? Limitou-se a ser um canalizador de recursos para as campanhas de Moura, já que sua base de filiados no município era quase inexistente. No poder, finalmente veio a tão esperada renovação do quadro partidário. E acredite se quiser: são os mesmos nomes de dez anos atrás. Uma "renovação" que ficou bem abaixo do zero.

Hoje, a panelinha petista continua assando a mesma batata que começou a sapecar há quase uma década, após o fim da era José Carlos Moura. A aposta agora é um ex-vereador de carreira decadente, onde a legenda sonha com um retorno triunfal à Prefeitura.

Deputado Rosemberg Pinto passa rasteira em Cida Moura, e golpe baixo complica petista
Deputado Rosemberg Pinto passa rasteira em Cida Moura, e golpe baixo complica petista (VEJA AQUI)

Há poucos dias, ficou claro o desespero dessa estratégia. O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) decidiu passar uma rasteira na líder oposicionista Cida Moura (PSD), usando sua influência no governo de Jerônimo Rodrigues (PT) para puxar o tapete da prefeiturável do PSD na indicação do Centro Social Urbano (CSU).

Cida Moura obteve 17 mil votos nas últimas eleições, dos quais, o PT local contribuiu com sua média histórica de 5 mil. O resultado das urnas mostrou que a influência do ex-vereador João de Deus, vice na chapa oposicionista, não condizia com a propaganda petista de que seu candidato tinha redutos sólidos na cidade. As urnas provaram o contrário.

Após os oito anos de José Carlos Moura frente a Prefeitura de Itapetinga, o PT local passou por três eleições municipais sem eleger vereador após ter deixado o poder, só nas duas últimas conseguiu um assento por pleito. E mesmo assim, na mais recente, a vitória só foi possível graças à federação com PV e PC do B, sozinho, o PT não teria representante algum na Câmara.

Assim segue o PT itapetinguense: arrotando grandeza de barriga vazia, sem votos que justifiquem sua pretensa força política. O episódio da rasteira em Cida Moura que o deputado estadual petista Rosemberg Pinto nega ter feito em um cargo de pouca relevância eleitoral só comprova que o partido está esvaziado e que sua candidatura estadual, envelhecida e repetitiva, e tudo indica ter cansado o eleitor da cidade. Motivo do desespero petista ao tentar rachar a oposição novamente por sobrevivência eleitoreira.

É decadência, é vida que segue...