Traição Digital? Bolsonaro cospe na própria base, chama fiéis de "malucos"' e leva caos as redes bolsonaristas que viram um velório de ódio e arrependimento.
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Manifestações de bolsonaristas a pedir intervenção militar com Jair Bolsonaro no poder. |
O 'mito' virou piada. E das ruins. Jair Bolsonaro, que já foi tratado como herói inquestionável por sua legião de fanáticos, agora não apenas treme diante do STF como ainda tem a brilhante ideia de chamar seus últimos fiéis seguidores de... 'malucos', e brincar de escolher Alexandre de Moraes como vice. Sim, o mesmo Moraes que, segundo a turma do "gabinete do ódio online", é o anticristo de toga.
A estratégia? Genial, se o objetivo fosse afundar de vez o que restava do bolsonarismo pós-inelegibilidade. Nas redes sociais, o clima é de velório sem corpo presente, porque, convenhamos, até os mortos-vivos do bolsonarismo estão se perguntando: "Será que valeu a pena?"
Bolsonaro, sempre o comediantão das crises institucionais, achou oportuno, em meio a um interrogatório sobre tentativa de golpe, soltar a pérola: "Moraes, quer ser meu vice em 2026?" A plateia do STF riu, mas os fiéis seguidores não acharam graça.
Abraham Weintraub, sim, aquele que chegou a foragir nos EUA, com medo de ser preso por Xandão, chamou Bolsonaro de "otário" e o bolsonarismo de "lepra rastejante".
Já o neto do último ditador do Brasil, Paulo Figueiredo, outro foragido da justiça, agora em solo americano, comparou Bolsonaro a Jesus diante de Pilatos, porque nada diz "salvação política" como um messias que joga seus discípulos aos lobos.
Danilo Gentili, que já pulou do barco há tempos, disparou: "covarde canalha" e "verme".
Até o blogueiro Allan dos Santos, também em fuga nos EUA para não ser preso no Brasil, que normalmente defende Bolsonaro com unhas e dentes, teve que recorrer ao clássico "é só uma piada, pessoal!", porque, afinal, quando a realidade é uma tragédia, só resta mesmo a comédia.
Enquanto a base bolsonarista implode, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) saiu em defesa do pai, afirmando que tudo não passava de "ironia óbvia". O problema? Quando você está sendo investigado por tentativa de golpe, talvez não seja o melhor momento para stand-up político.
Pior: os apoiadores que passaram anos xingando Moraes agora veem Bolsonaro brincando com o "inimigo". Resultado? Menções negativas dispararam, e o que restava de unidade bolsonarista parece ter ido para o ralo junto com a credibilidade do ex-presidente.
Bolsonaro, inelegível até 2030, sem partido sólido e agora odiado até pelos próprios fanáticos, parece ter alcançado o ápice da autorruína política. Sua tentativa de parecer "bonzinho" para o STF, de olho em uma prisão domiciliar invés do presídio da Papuda, só conseguiu afastar os ainda mais os fiéis e, de quebra, provar que, no fim, até os "malucos" têm limites.
Enquanto isso, nas redes bolsonaristas, o clima é de luto. Ou seria de despertar? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: o circo pegou fogo, e o palhaço principal ainda acha que está no controle.
Relaxe bolsonaristas, hoje, é Dia dos Namorados. Recomendo chamar Ets, abraçar um pneu com carinho sem precisar bater continência, ou cantar o hino nacional, em último caso, irem aos muros das lamentações nos quartéis e refletirem por que são chamados de “gado”.
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