Receita cria equipe para investigar Flávio Bolsonaro e mais 93 no esquema de assessorias

Receita cria equipe para investigar Flávio Bolsonaro e mais 93 no esquema de assessorias

Caso Flávio Bolsonaro: Receita Federal vai criar equipe especial para investigar declarações fiscais de senador, Queiroz e de mais 93 alvos de quebra de sigilo autorizada pela Justiça do Rio

O Caso Flávio Bolsonaro, é impulsionado pela justiça do Rio que leva ex-assessores e atuais serem alvos de investigação 


A Receita Federal vai criar uma equipe especial para investigar as declarações fiscais do senador Flávio Bolsonaro, do ex-assessor dele Fabrício Queiroz e de mais 93 pessoas que tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados pela justiça do Rio. Ao longo das investigações, o grupo deverá mapear as movimentações atípicas. Ou seja, a origem e o destino final das transações financeiras.


Os mapas vão apontar também os vínculos entre os personagens envolvidos em todas as transações para tentar compreender todo o caminho do dinheiro.



Um dos pontos a ser investigado, segundo uma fonte que acompanha o caso, são os repasses de dinheiro de Queiroz a Michelle Bolsonaro, mulher do presidente Jair Bolsonaro. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), uma das bases da investigação do Ministério Público do Rio, apontou repasse de R$ 24 mil de Queiroz para a mulher do presidente.

Em uma entrevista em 31 de dezembro passado, um dia antes de tomar posse, Bolsonaro disse que o dinheiro era parte do pagamento de empréstimos feitos por ele a Queiroz, que totalizariam R$ 40 mil.

A declaração de Bolsonaro ajudou aliados a rebater críticas de adversários no campo político. Mas, para a Receita, será necessário avançar no tema. Queiroz terá que dar explicações detalhadas sobre como teria recebido os recursos e, posteriormente, feito os pagamentos.

Segundo um auditor, a Receita não exige um contrato formal de empréstimo, mas em casos similares o investigado é obrigado a comprovar a saída e o retorno do dinheiro. O auditor afirma que casos deste tipo são comuns na rotina do fisco. Com o repasse feito por Queiroz a Michelle, não teria porque ser diferente.