Vereadores de Itapetinga contêm manobra de derrubada das contas rejeitas do prefeito Rodrigo Hagge após inicio das investigações pelo Ministério Público.
Plenário da Câmara Municipal de Itapetinga, sessão ordinária. |
A publicação do IDenuncias sobre inicio das investigação sobre as contas públicas rejeitadas de Rodrigo Hagge (MDB) pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municípios), no Ministério Público da Bahia (MP), levou a base do prefeito de Itapetinga na Câmara Municipal a reavaliar manobra de pautar as contas de Hagge, com proposito de serem derrubadas pelo plenário do Legislativo.
Ministério Público acata pedido do TCM e começa investigar Hagge por crimes contra finanças públicas (VEJA AQUI). |
Desde que o presidente Valquirio Lima, o Valquirão foi eleito a presidir o Parlamento com apoio irrestrito do prefeito Hagge, o gestor da Câmara vem acatado todos os pedidos vindos da Prefeitura Municipal, e um deles, em especial, tem assunto reservado nos bastidores do Legislativo, quando se trata de contas rejeitadas do prefeito pelo TCM.
A discursão interna que vinha sendo articulada era quando, e em que momento poderia pautar as contas rejeitadas de Hagge, sem alertar a população em uma possível votação relâmpago. Com a notícia do inicio das investigações pelo MP, um freio de mão na manobra dos vereadores de derrubada foi desacelerada nos bastidores da Câmara Municipal.
Para esses vereadores seria muito arriscado derrubar as contas rejeitadas de Rodrigo Hagge pelo TCM, sem antes de uma possível decisão favorável ao prefeito de Itapetinga no Ministério Público. O temor dos Parlamentares, que posterior à derrubada, o MP encontre graves irregularidades nas contas do prefeito, e como a votação no plenário da Câmara e aberto e não secreta, os vereadores podem ser responsabilidades por crimes de improbidade e prevaricação.
De acordo com a publicação do MP da Bahia, o prefeito Rodrigo Hagge será investigado por “Crimes Contra as Finanças Públicas e Má-gestão praticada por Prefeitos e Vereadores”. Na última movimentação do dia 03 de novembro/2021, o sistema registra entrada do processo em Salvador no CAP - Núcleo de Crimes Atribuídos a Prefeitos e Apoio Técnico e Administrativo.
A ação de investigar o prefeito Hagge a pedido do TCM, é pela utilização da contabilidade criativa de desviar o dinheiro público para outras finalidades e atrasar propositalmente os tributos federais, que posteriormente seriam pagos com multa e juros. E o atraso de Hagge nos tributos obrigatórios, segundo estimativa do TCM, custou aos cofres públicos da Prefeitura de Itapetinga, a quantia de R$ 1,5 milhões. Pelo feito regado de malandragens, o Tribunal de Contas determinou que prefeito terá que devolver aos cofres municipais a quantia de R$321.133,60, com recursos pessoais do próprio salário de prefeito de 18 mil reais mês, além de responder a processo penal.