A polêmica cruzada santa do prefeito Rodrigo Hagge para emplacar a campanha do próprio tio em Itapetinga.
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge tentou violar regras eleitorais para ajudar campanha do próprio tio. |
No dia 13 de agosto, a Igreja celebrou a memória de Santa Dulce dos Pobres, a freira baiana que virou santa católica. Mas em Itapetinga a data não teve nada de santo. Quando o prefeito Rodrigo Hagge tentou aplicar um golpe eleitoreiro contra a principal opositora de seu tio na corrida a Prefeitura de Itapetinga.
Rodrigo Hagge (MDB), usou a estrutura do município para dá uma mãozinha na campanha do tio Eduardo Hagge candidato a prefeito pelo MDB. É o resumo uma decisão da Justiça Eleitoral que barrou show do Padre Fábio de Melo em Itapetinga com propósito de inaugurar um hospital municipal que leva o nome da mãe do Prefeito. O gestor havia anunciado as vésperas do evento em redes sociais a intenção da contratação do padre para um show inaugural a ser realizado na porta do novo hospital Virginia Hagge.
O showmício disfarçado de inauguração não deu certo devido uma ação impetrada pela Promotora de Justiça Eleitoral Solange Anatólio do Espírito Santo na justiça que barrou show católico. Em entrevista a uma emissora de rádio da cidade a promotora pública esclareceu que decisão da justiça vetava apenas o show do Padre Fábio de Melo que violaria a legislação eleitoral e que decisão do juiz não impedia o prefeito de inaugurar o hospital municipal.
Prefeito Hagge veta entrega de hospital após descobrir que lei de duas décadas proíbe show em inauguração (VEJA AQUI)
O vai que cola do prefeito de Itapetinga, não colou. Então veio a desculpa esfarrapada de Rodrigo Hagge que show do padre católico vetado pela justiça seria para homenagear a “Santa Dulce dos Pobres”, e não para ajudar a campanha do seu tio. O argumento de Hagge não conseguiu convencer maioria dos aliados não gabirabados que dirá o Ministério Público Eleitoral que havia percebido a expertise do prefeito que queria atrair apoio dos fiéis católicos a campanha do tio.
Com a tentativa de impulsionar a campanha de Eduardo Hagge na eleição a falhar, o jeito encontrado dos gabirabas era por a culpa na líder das pesquisas Cida Moura (PSD), com fake news acusando-a de ter denunciado no MP de Itapetinga e impedindo show do padre, assim, como, a inauguração do hospital.
Nas mídias e rede sociais dos gabirabas gritos de "misericórdia" inflava as mentiras espalhadas pelos próprios seguidores do Clã Hagge, que culpava Cida Moura pela não vinda do padre. E acredite, até pedidos de oração divina a Santa Dulce dos Pobres foram recomendados a dá proteção a Eduardo Hagge e ajudasse o prefeito a inaugurar o novo hospital. Isso, com o próprio gestor anunciando nas redes que deixaria abertura da unidade hospitalar para outra oportunidade.
E isso não é tudo. Ainda teve blogueiro dos Hagge que chegou a publicar em seu blog que o comércio de Itapetinga saiu no prejuízo sem a realização do show ilegal. Mas o blogueiro não conseguiu esclarecer como o prefeito irá devolver R$ 140 mil pagos antecipadamente aos produtores do Padre Fábio de Melo de uma contratação total de R$ 280 mil para um espetáculo de menos de 2 horas vetado pela justiça.
Com imbróglios dominando as redes, os aliados do prefeito na Câmara de Itapetinga não conseguiam se entenderem sobre a fajuta cruzada santa de Rodrigo Hagge em Itapetinga diante decisão da justiça.
No parlamento municipal, apenas o vereador emedebista e radialista Tarugão esbravejou do jeitão oportunista de sempre. O parlamentar é um velho conhecido dos Mouras por sucessivos ataques a então gestão José Carlos Moura (PT), com acusações infundadas no rádio sobre suposta corrupção petista não comprovada. Mas, agora, por conveniência após se aliar a Prefeitura abandonou a pompa de combatente dos corruptos para ajudar a varrer a sujeirada da gestão Rodrigo Hagge para debaixo do tapete, mesmo, com Ministério Público comprovando os crimes de Rodrigo Hagge na justiça.
Na lógica do discurso do vereador emedebista no Parlamento, faltou coerência e sobrou muito cinismo e cara-de-pau ao defender um prefeito suspeito e ainda acusar a oposição de ser pagã, pelo fato, da justiça ter barrado show católico.