Na gestão Eduardo Hagge impera o grito dos arrependidos

 Vereadores insatisfeitos com limitação de cargos na Prefeitura com salário mínimo, enquanto filho e mulher do prefeito dominam os de altos salários.

Na gestão Eduardo Hagge impera o grito dos arrependidos
Prefeito de Itapetinga Eduardo Hagge (MDB) e sua esposa Zezé Hagge no auge da camonha eleitoral de 2024.

Com quase três meses à frente da administração, o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge, deixa um panorama preocupante até mesmo para os seus aliados mais otimistas, que começam a vislumbrar um futuro sombrio sob sua liderança na Prefeitura Municipal.

As influências familiares na gestão e a falta de empatia em relação aos seus aliados de primeira-hora têm resultado no isolamento político prematuro de Eduardo Hagge (MDB). Seu comportamento hostil e inflexível, combinados com a incapacidade de demonstrar gratidão àqueles que o apoiaram para alcançar o cargo de Prefeito, contribuíram para essa situação.

Na administração municipal, Eduardo Hagge precisou implementar medidas de austeridade severas. Para alcançar uma gestão que ele acredita ser mais eficiente, se distanciou de antigos aliados e os poucos que conseguiram assegurar sua posição no terceiro mandato consecutivo da família Hagge enfrentam uma diminuição nos salários em relação à gestão de Rodrigo Hagge (MDB). E é bom não reclamar, pois qualquer manifestação contrária pode resultar em demissão.

As queixas de salários baixos em início de gestão, produzem ruídos de pessoas que deseja deixar o governo atirando para todos os lados, se a famosa gratificação por Regime de Tempo Integral e de Dedicação Exclusiva (RTI) é uma gratificação paga a servidores em regime de tempo integral e dedicação exclusiva que praticamente dobra os salários não forem restabelecidas.

Enquanto a situação é difícil para aqueles que permaneceram, é ainda mais complicada para os que foram iludidos com a promessa de um emprego assegurado após a vitória do Tiozão [Eduardo Hagge]. Essas pessoas, ao conversarem com os vereadores que elegeram, receberam a orientação de buscar oportunidades em outros locais, já que as poucas vagas existentes na Prefeitura estão sendo preenchidas por um número restrito de indicações de vereadores. O prefeito limitou a aceitação a apenas 20 indicações por parlamentar.

Prefeito Eduardo Hagge dá sinais de perda de comando da Prefeitura para a mulher e o filho (VEJA AQUI)

Contudo, isso ocorre em meio a exceções nas baixas remunerações e contratações rigorosamente controladas do prefeito em relação a seus aliados na Prefeitura de Itapetinga, quando envolve a pasta social da primeira-dama.

Recentemente, os vereadores estavam à procura de esclarecimentos a respeito de diversos currículos aprovados pela gestão, sem indicação dos membros do legislativo. Durante essa apuração, identificaram os responsáveis pelas contratações na Prefeitura: a primeira-dama Zezé Hagge e seu filho Dudu Hagge.
Conforme informações obtidas, a esposa e o filho do prefeito de Itapetinga são responsáveis por empregar pessoas em posições mais vantajosas e bem remuneradas na administração municipal, graças às suas próprias indicações. Isso inclui a senhora Zezé Hagge, que, à frente da Secretaria de Ação Social, tem contratado funcionários com salários em torno de R$ 7 mil, enquanto aqueles indicados por vereadores acabam recebendo apenas o salário mínimo. Zezé enfrenta acusações de aumentar de forma exagerada a folha de pagamento da Secretaria com altos salários.

Isso gera mais do que barulho; traz à tona os lamentos de aqueles que se arrependeram de apoiar Eduardo Hagge na última eleição ao receberem a desalentadora notícia de que os vereadores confirmaram que as promessas de empregos não se concretizarão. No meio da indignação, ficam cientes de que os esforços de campanha dos que permaneceram no Executivo resultarão em um salário equivalente ao mínimo.