Vereadores aliados de Brito rejeitam dobradinha com Rosemberg, mas querem formar com Rodrigo Hagge

Com base fragilizada e temor de vexame nas urnas, PT de Itapetinga aposta em aliança com Antônio Brito, enquanto vereadores governistas resistem à aproximação e defendem aliança com Rodrigo Hagge.

 

Vereadores aliados de Brito rejeitam dobradinha com Rosemberg, mas querem formar com Rodrigo Hagge
Deputado Antônio Brito (PSD) está pressionado a escolher um lado, mas decisão pode implodir base de apoio em Itapetinga. 

O cenário político em Itapetinga começa a definir seus contornos para 2026, e as fissuras no grupo do deputado federal Antônio Brito (PSD) são cada vez mais evidentes. O que parecia uma base unida agora se divide entre governistas e opositores, um racha que pode custar caro ao parlamentar inclusive, a projeção de 10 mil votos na cidade, que hoje pende entre lealdade e insatisfação.

A busca petista por uma dobradinha entre Brito e o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) tem sido recebida com resistência pela ala de vereadores governistas de sua base. Esses apoiadores, alinhados ao governo Eduardo Hagge (MDB), já declaram abertamente preferência por uma aliança com o ex-prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que mira uma vaga na Assembleia Legislativa.

Os petistas enxergam na aliança com Brito uma forma de conter o avanço da candidatura de Rodrigo Hagge, um nome forte localmente que pode atrair votos do eleitorado opositor. No entanto, essa estratégia ignora um detalhe crucial: a rejeição de parte da base de Brito ao PT local e, em alguns casos, ao próprio presidente Lula. A ala governista não apenas resiste à aproximação com Rosemberg como já sinaliza que ficará com Rodrigo.

Eduardo Hagge à deriva: vereadores do MDB escolhem Brito e isolam o prefeito (Click Aqui) 

Essa insatisfação já chega à Câmara Municipal, onde vereadores governistas, muitos deles eleitos com votação expressiva, veem com simpatia uma aliança com o ex-prefeito e desconfiam do PT. Se Brito ceder aos petistas, corre o risco de enfraquecer sua própria máquina eleitoral, perdendo apoio de figuras-chave em Itapetinga.

Além disso, o PT de Itapetinga enfrenta hoje um cenário interno preocupante: com apenas um vereador e um quadro de filiados que carece de renovação, o partido busca na aliança com Antônio Brito uma tábua de salvação para evitar um vexame nas urnas em 2026. O temor é real, com poucas lideranças locais e sem uma militância ativa e renovada, os petistas têm dificuldades em atrair novos apoios e manter relevância na política municipal.

Eduardo Hagge busca Geddel para ameaçar vereadores do MDB de Itapetinga (Click Aqui) 

O jogo está posto. Enquanto o PT pressiona por uma dobradinha com Brito, os governistas deixam claro que não aceitarão passivamente uma aliança que desagrada sua base. O deputado federal terá de decidir se mantém sua independência política ou se arrisca uma divisão que pode custar caro em 2026. Em política, quem não conduz, é conduzido.

É jogo duplo, é vida que segue...