ACM Neto quer distância de Bolsonaro em 2020; e Rodrigo Hagge também?

ACM Neto quer distância de Bolsonaro em 2020; e Rodrigo Hagge também?

Será que o prefeito de Itapetinga seguirá o mesmo caminho de ACM Neto, se livrar de Bolsonaro na campanha 2020?.

ACM Neto quer distância de Bolsonaro em 2020; e Rodrigo Hagge também?
Rejeição de Bolsonaro no Nordeste cresce, e assusta os aliados

Aliado de segundo turno na eleição presidencial que elegeu Jair Bolsonaro, ACM Neto, prefeito de Salvador, surpreendeu ao anunciar que não deseja apoio do presidente na campanha de 2020. Neto não será postulante, mas já disse que terá um candidato a sucessor e provavelmente será o vice-prefeito Bruno Reis (DEM).

Caindo na real. Diante de um quadro nada favorável para Jair Bolsonaro, com queda de popularidade, com apenas oito meses de governo, Neto preferiu não escorregar na mesma ladeira que o presidente, o prefeito vem surfando em águas raras com alta popularidade muito diferente de Bolsonaro em queda livre.

Tirando o corpo fora, sem ofensa!  Ao descarta apoio de Bolsonaro, o prefeito de Salvador, deu o seu olhar 43, aquele assim, meio de lado, já saindo, indo embora, não louco por ele [Bolsonaro], quando afirmou “que não é nada contra Bolsonaro, para não ficar parecendo que é algo contra o presidente. [Não quero] dele nem de ninguém. A eleição é municipal e vai ser tratada exclusivamente pelos atores do município".

“#Nele Não!”. Não é para menos, quando Neto decidiu pelo não apoio do presidente da republica, levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado no final de agosto mostrou que 36,8% dos eleitores de Salvador ficam desestimulados a votar em um candidato apoiado por Bolsonaro. Em terra petista, o melhor é prevenir que remediar.

Depois do Datafolha. Certamente a decisão de Neto ocorreu após a pesquisa Datafolha, que apontou o comportamento considerado inadequado para o cargo do presidente Jair Bolsonaro e a radicalização do discurso dele estão entre os principais motivos para a queda de sua popularidade. Pesquisa do instituto publicada nesta segunda-feira (2) pelo jornal "Folha de S. Paulo" aponta que a reprovação do presidente aumentou de 33% para 38% em pouco menos de dois meses, e a rejeição à sua gestão nos oito primeiros meses supera os índices de seus antecessores Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Itapetinga também ”#Nele Não”?  Se ACM Neto tirou o corpo fora, a 13 meses da eleição. Será que prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge, irá acompanhar o prefeito soteropolitano, e cair fora do barco antes que Bolsonaro náufraga de vez? Hagge pode enfrenta uma dura parada na próxima eleição se caso oposição decida marchar unida. Com uma polarização de campanha, não teria a mesma moleza que o jovem prefeito enfrentou em 2016, um passeio sobre os seus adversários.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) venceu em apenas quatro municípios da Bahia: Luís Eduardo Magalhães, Teixeira de Freitas, Itapetinga e Buerarema. Nas outras 413 cidades Fernando Haddad (PT) venceu nas urnas, na maioria com mais de 60% dos votos válidos.

Advogado x Delegado. No andar da carruagem, o bolsonarista Hagge (MDB), já começa enxergar seu provável adversário, se tudo ocorrer dentro da programação dos opositores do prefeito, seria o moderado delegado de Policia Civil, Roberto Junior (sem partido). Segundo fontes, ele teria o apoio do governador Rui Costa (PT), porém, indiretamente, para não prejudicar a campanha do opositor, já que Itapetinga é uma cidade declaradamente ‘antipetista’.