Fabio Wajngarten, vem recebendo dinheiro de emissoras de TV e agências publicitárias contratadas pelo governo federal
Na Imagem: Fabio Wajngarten, Chefe da propaganda do governo federal com presidente da republica Jair Bolsonaro |
Fabio Wajngarten, chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), vem recebendo, dinheiro de emissoras de TV e de agências publicitárias contratadas pelo governo Jair Bolsonaro, através de uma empresa da qual é sócio majoritário.
O chefe da propaganda do governo que comanda a Secom é responsável pela distribuição da verba publicitária do Palácio do Planalto é o principal sócio da FW Comunicação e Marketing, que oferece ao mercado um serviço conhecido como Controle da Concorrência. Tem 95% das cotas da empresa e sua mãe, Clara Wajngarten, outros 5%, segundo dados da Receita e da Junta Comercial de São Paulo. De acordo com a Folha de S.Paulo.
Segundo a Folha de S.Paulo, a FW fornece estudos de mídia para TVs e agências, incluindo mapas de anunciantes do mercado. Também faz o chamado checking, ou seja, averiguar se peças publicitárias contratadas foram veiculadas.
A Folha afirmou ainda, que a FW tem contratos com ao menos cinco empresas que recebem do governo, entre elas a Band e a Record, cujas participações na verba publicitária da Secom vêm crescendo.
De acordo com a lei, são vedadas as integrantes da cúpula do governo de manterem negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. A prática pode configurar em ato de improbidade administrativa.
Em 2019, a Secom gastou com publicidade do governo federal R$ 197 milhões em campanhas. Uma parte desta verba, por exemplo, paga a TV Band, de contrapartida à agência do Chefe da propaganda de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, recebeu a quantia R$ 9.046,00 por mês, no ano faturou R$ 109 mil. Muito distante do salario mensal de R$ 17, 3 mil no governo.
Wajngarten, afirmou que matem relações comerciais com as emissoras, Band e a Record. Ele não informou os valores que recém destes veículos de comunicação, devido às cláusulas de confidencialidade.
Além das emissoras de TVs, a empresa do Chefe da Propaganda do governo, a FW fatura em cima das agências responsáveis pela publicidade do banco estatal a Caixa Econômica Federal. As agências, Artplan, da Nova/SB e da Propeg. O valor é de R$ 4.500 mensais, segundo confirmou a Propeg.
Em agosto do ano passado, o próprio Wajngarten assinou termo aditivo e prorrogou por mais 12 meses o contrato da Artplan com a Secom, de R$ 127,3 milhões. Diz publicação da Folha de S.Paulo.
Com constantes brigas com a Rede Globo, o presidente Jair Bolsonaro e o chefe da propaganda do governo, Fabio Wajngarten, vêm reduzindo a fatia da verba publicitária a emissora líder de audiência. A justificativa, é que a TV Globo persegue o governo em sua cobertura jornalística.
Com base no relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) o governo Jair Bolsonaro mudou a distribuição de verbas publicitárias para TVs abertas ao destinar os maiores recursos para Record e SBT emissoras que não são líderes de audiência. O TCU investiga possível distribuição das verbas oficiais por critérios políticos, de forma a favorecer TVs alinhadas de Bolsonaro.
Em 2017, a Globo ficou com 48,5% dos recursos e, em 2018, 39,1%. No ano passado, a fatia despencou para 16,3%. Os percentuais da Record foram de 26,6% em 2017, 31,1% em 2018 e, em 2019 disparou para, 42,6%; os do SBT, 24,8%, 29,6% e 41%, respectivamente.
A Verba publicitária do governo é disciplinada por uma instrução normativa, que prevê a audiência como um critério para a compra de mídia, mas não o único. Também são levadas em conta outras características das emissoras, como o seu perfil e alcance no país, além dos segmentos da população que atingem.