Para agradar pastores e fiéis, vereadores optam pela figura do bondoso político, invés de questionar a transferência do patrimônio público para particulares.
Foto montagem da Câmara Municipal de Itapetinga com imagem ilustrativa. Produção IDenuncias. |
Na busca dos responsáveis pela distribuição de áreas públicas para pastores evangélicos, podemos afirmar que os vereadores da Câmara de Itapetinga, são os grandes culpados da depreciação do patrimônio público.
Desde 2019, quando o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), deu inicio ao engajamento de projetos de leis na Câmara de Itapetinga doando terrenos públicos para pastores construírem igrejas, os vereadores de oposição e governista agiram de forma omissa, simplesmente, dando pouca ou nenhuma importância pelo fato que chefe do Executivo decidiu angariar apoio de líderes evangélicos em troca de áreas públicas.
Talvez a resposta pela omissão dos parlamentares itapetinguenses poderia está na formação plenária de um terço do Legislativo Municipal, com vereadores de seguimento evangélicos. Com essa formação, a conveniência e interesses particulares falam mais alto que a preservação do patrimônio público. Isso talvez!
Mas não dá para negar que jogos escusos existem nos bastidores da Câmara Municipal de Itapetinga, nos sentido de agradar pastores evangélicos de contrapartida serem agradados pelos fiéis das igrejas beneficiadas pelo patrimônio público.
Em meio à troca de favores, os vereadores esquecem que as áreas institucionais existentes para finalidade estrutural do município, como áreas para construção de praças e jardins, escolas públicas, postos de saúde, creche e outras. Mesmo assim, os caros ‘ardis’ preferem à insensata e irresponsável posição do favorecimento político.
Na Imagem: vereadores, prefeito Rodrigo Hagge, vice Renan Pereira e autoridades. Imagem extraída do site oficial da Prefeitura Municipal de Itapetinga |
Há quem diga que os vereadores ficam acuados diante pressão de pastores, que peregrinam pelos corredores da Câmara atrás de votos na aprovação do projeto de lei de doação de terreno enviado pelo prefeito municipal. Mas, como vereador é político, o ‘dando que se recebe’, soa como a 9ª sinfonia de Beethoven, agradável e sublime.
Diante promessas dos pastores, os vereadores seguem para o plenário da Câmara convictos do sucesso na aprovação do projeto de lei. O que impressiona, é o momento dos discursos, como se o pastor presente e seus fiéis fossem os únicos habitantes da cidade de Itapetinga. Os discursos são carregados de elogios pela conquista do terreno para sede própria da igreja. Porém os parlamentares esquecem que a doação foi à custa da população em geral, que veem seu patrimônio público, transferidos para particulares com finalidade nada ortodoxa.
Assim se comportam os vereadores de Itapetinga diante a depreciação do patrimônio do povo. Certos que seus gestos de bondoso político na Câmara gerarão frutos futuros, no caso, os votos necessários para uma possível reeleição.
Enquanto isso! o povo que se dane. Como diz o velho dito popular, “farinha pouca meu pirão primeiro”.
O IDenuncias esclarece que as investidas das matérias jornalísticas, não são contra os evangélicos de Itapetinga, mas contra a doação do patrimônio público para finalidades particulares e eleitoreiras.