Rodrigo Hagge barganha terrenos públicos com pastores evangélicos em troca de apoio

Rodrigo Hagge barganha terrenos públicos com pastores evangélicos em troca de apoio

Tudo aponta que o prefeito de Itapetinga vem articulado com pastores evangélicos apoio político em troca de terrenos públicos.


Rodrigo Hagge barganha terrenos públicos com pastores evangélicos em troca de apoio
Prefeito de Itapetinga/Bahia, Rodrigo Hagge



A modalidade política de conquistar apoio dos fiéis evangélicos através de pastores, usando áreas públicas como moeda de troca é antiga, mas fazer isso como prática habitual, aí sim, é novidade.

Em Itapetinga, o prefeito Rodrigo Hagge que busca renovar o mandato na eleição deste ano, vem adotando um perigoso esquema político para conquistar o apoio maciço dos evangélicos do município. A prática consiste na doação de terrenos públicos, para pastores evangélicos construírem igrejas em áreas destinadas para praças, escolas, postos de saúde e etc...

As doações de terrenos públicos que vinham sendo entregues por prefeitos anteriores a pastores eram de forma discreta e pontuais, só que na gestão Rodrigo Hagge, as doações escancaram e chegaram ao ponto de burlar a lei eleitoral que proíbe doação de patrimônio público em ano de eleição.

De acordo como a Lei 9.504/97, no artigo 73º, parágrafo 10. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa.”

Mesmo diante proibição, Rodrigo Hagge, decidiu afrontar a lei, e encaminhou para Câmara de Vereadores de Itapetinga, três Projetos de Leis de doações de terrenos públicos para pastores evangélicos construírem igrejas e associação. Claro, com a promessa de apoio político na reeleição do prefeito.

Até o momento foram doadas duas áreas públicas para construção de Igrejas evangélicas a Evangélica Nacional Deus Conosco e Casa de Oração Raiz de Jessé. Já os Projetos de Lei enviados a Câmara autoriza mais três doações, entre elas: Ordem de Ministros Evangélicos de Itapetinga (OMEI); Igreja Pentecostal Jesus é a Porta da Salvação e Igreja Pentecostal Chamado de Deus.

Veja abaixo, terrenos públicos já doados pelo prefeito Rodrigo Hagge: Em PDF (1) PDF (2)





Segundo fonte anônima, existe, hoje, na Secretária de Infla-estrutura do município mais de 100 pedidos de doação de terrenos para a mesma finalidade, a construção de igrejas evangélicas. Os pedidos aguardam a autorização do prefeito para serem encaminhada para Câmara de Vereadores. De acordo com essa fonte, a prioridades da liberação dos terrenos públicos é para pastores que se aliam ao prefeito.

Veja abaixo, projeto de lei enviado a Câmara pelo prefeito Rodrigo Hagge doando mais 3 terrenos públicos para Igrejas evangélicas: PDF (1), PDF (2), PDF (3).










As doações de áreas públicas para pastores vinham sendo entregues pelo prefeito, no terceiro ano de gestão, geralmente são pedidos de pastores por intermédio de vereadores, que liturgicamente vão ao chefe do Executivo, ofertar a boa fé, do ‘dando que se recebe’. Nas promessas dos pastores, que sonham com o ‘terreno prometido’, a sacramentação de tornar o prefeito um homem de Deus na Prefeitura em quanto o seus adversários são o próprio satã. E por aí vai!

A demonstração da boa fé dos pastores evangélicos com o prefeito gera interesses em comum. O prefeito precisa do voto. Os pastores tem a massa para gerar o voto. Enquanto isso, os vereadores da base governista comem pelas beiradas, beneficiados com a troca de favores.

Mesmo diante da ameaça de extinção das áreas públicas para finalidades de lazer no município. Os vereadores silenciam diante da gravidade, e se comportam como se isso tudo fosse normal, por temor de uma possível retaliação de pastores e fiéis evangélicos em ano de eleição, demonstrado pouco ou nenhum interesse para com a cidade, priorizando a preservação do próximo mandato.

Se nenhuma medida for tomada por órgão fiscalizador como Ministério Público, para impedir que áreas institucionais sejam extintas, os vereadores irão aprovar os projetos de leis irregulares enviados por Rodrigo Hagge a Câmara. E em caso de reeleição de Hagge, o cidadão correrá o sério risco, em vez de sentar em um banco de praça ira sentar em uma porta de igreja.