Criticas de generais após ato antidemocrático amplia o isolamento do presidente Bolsonaro
Presidente da republica Jair Bolsonaro declara apoio a ato antidemocrático frente a Quartel General em Brasília. |
Em mais uma demonstração de desprezo para com as instituições e a democracia do Brasil, em que jurou proteger e respeitar ao tomar posse em janeiro de 2019. O presidente da republica Jair Bolsonaro deu mais um dos seus espetáculos do arroubo autoritário em participar de um ato antidemocrático promovido por inaptos intervencionistas que pediram o ato institucional AI-5, que fechou o Congresso e STF na ditadura militar de 64 a 80.
A constituição brasileira proíbe atos antidemocráticos no país, mesmo assim o presidente Bolsonaro, decidiu rasgar a Carta Magna e partiu para uma demonstração de força diante um público pequeno de manifestantes considerados intervencionista que sonham com a volta do regime militar a moldes de 64 a 80, com repressão, perseguição, perda de liberdade, torturas, desaparecidos e mortos nos porões do regime.
Alimentando o saudosismo da mediocridade dos manifestantes que pedem a volta do regime autoritário sob comando de Jair Bolsonaro. O presidente chegou em carro oficial, cercado por seguranças da Presidência. Saudado aos gritos de "Mito", ele desfilou diante dos manifestantes, exibindo as cores da bandeira brasileira.
Diante faixas que exibiam mensagens como "Intervenção militar já com Bolsonaro no poder" e "Intervenção militar, fechem o STF e o CN [Congresso Nacional]". Bolsonaro afirmou acreditar nos manifestantes. "Eu estou aqui porque acredito em vocês. Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil", disse.
Ato antidemocrático frente a Quartel General em Brasília, pede intervenção militar no país e a volta da ditadura. |
Os gritos mais ouvido pelo manifestantes foi pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Que na semana passada podou as asas de Bolsonaro, que ameaçava decretar o fim do isolamento social. A decisão da Alta Corte, destinou a governadores e prefeito autonomia nas medidas restritiva diante pandemia do coronavírus.
Após o ato ser exibido ao vivo na rede bolsonarista. Eis que surge, uma reação em massa das autoridades brasileiras, protestando contra a presença do presidente no ato ilegal, e o apoio dele a manifestação antidemocrática. Avalanche de criticas veio de congressistas, governadores, judiciário e militares. Colocando mais uma vez, Bolsonaro em puro estado de isolamento.
Se já não bastasse as criticas das instituições democráticas. Bolsonaro enfrentou uma dura dos militares já que o ato ocorreu em frente a um QG militar em Brasília. Ao jornal Estado de S.Paulo, oficiais-generais destacaram que não se cansam de repetir que as “Forças Armadas são instituições permanentes, que servem ao Estado Brasileiro e não ao governo”.
De acordo com generais ouvidos pela reportagem do Estadão, o protesto que chegou a pedir intervenção militar não poderia ter ocorrido em lugar pior. “Se a manifestação tivesse sido na Esplanada, na Praça dos Três Poderes ou em qualquer outro lugar seria mais do mesmo”, observou um deles. “Mas em frente ao QG, no dia do Exército, tem uma simbologia dupla muito forte. Não foi bom porque as Forças Armadas estão cuidando apenas das suas missões constitucionais, sem interferir em questões políticas.”
Eles [generais] observaram que a presença de Bolsonaro em frente ao QG teve outra gravidade simbólica. Pela Constituição, o presidente da República é também o comandante em chefe das Forças Armadas. Mesmo com cuidados para evitar críticas diretas, os generais ressaltaram que o gesto foi uma “provocação”, “desnecessária” e “fora de hora”.
À reportagem, os generais não esconderam o mal-estar. Afinal, Bolsonaro os deixou em “saia justa”. Chefes militares não podem se pronunciar. O Estadão ouviu sete oficiais-generais, sendo cinco do Exército, um da Aeronáutica e um da Marinha. Afirmou o jornal paulistano.
A reação dos generais e dos membros das instituições democráticas foi o recado claro em alto tom para o presidente Bolsonaro. Que suas jogadas populistas tem limites, e o limite é o Congresso Nacional, que já deixou escapar por diversas vezes, que a hora de Bolsonaro está chegando, a data dependerá do fim da pandemia do coronavírus.