Para atiçar milícia bolsonarista, presidente recebe o carrasco da ditadura 'Curió'

Para atiçar milícia bolsonarista, presidente recebe o carrasco da ditadura 'Curió'

Encontro do presidente Bolsonaro com o carrasco do Araguaia, Major Curió, teve propósito para atiçar seguidores radicais.


Para atiçar milícia bolsonarista, presidente recebe o carrasco da ditadura Curió
Presidente Bolsonaro com ex-militar Major Curió, conhecido pelas torturas e execuções de dezenas de combatentes na Guerrilha do Araguaia.


Sempre houve razão de sobra para afirmar que Jair Bolsonaro é uma pessoa que sofre de algum tipo de transtorno metal. Em vídeo que circula na internet o atual presidente chegou a defender uma guerra civil no Brasil, com o assassinato de pelo menos 30 mil pessoas. Por aí, deu para perceber que o cidadão sentado na cadeira presidencial não é nada normal.

Um presidente que zomba quando os números de mortos pelo coronavírus bate recorde dia, de 600 vítimas. Como diz Bolsonaro! “E daí”. A sede de sangue do presidente da republica e tamanha que induz seguidores fanáticos a saírem às ruas e se aglomeraram em meio à pandemia viral só para gritarem o seu nome, ou chama-lo de ‘Mito’. Sem pensar que essas pessoas nas manifestações podem fazer parte dos próximos números de mortos no amanhã.

Assim é Jair Bolsonaro, um presidente que faz tudo para agradar seus seguidores fanáticos. Aponto de receber no Palácio do Planalto, uma figurar desprezível e assassina. Refiro, a Sebastião Rodrigues de Moura, o Major Curió, conhecido como o maior carrasco da ditadura militar, que chega ao ponto de colocando o ídolo de Bolsonaro, torturador militar Ustra no bolso da crueldade.

Há relatos que esse idoso sentado ao lado do presidente da republica, promoveu barbárie, durante a prisão de guerrilheiros na floresta Amazônica, mais conhecido como o episódio da Guerrilha do Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Enquanto almoçava assistindo prisioneiros sendo torturados e assassinados, uma cena sinistra ocorria,  foi quando um guerreiro teve o pescoço serrado enquanto ainda agonizava, sem fala da guerrilheira que foi enterrada viva, além das execuções sumárias de 22 prisioneiros. Isso, depois das severas torturas ao seu comando.

O encontro foi omitido da agenda oficial de Bolsonaro. Só entrou nos registros à noite, depois de revelado pelo blog de Rubens Valente no UOL. Mais tarde, foto da conversa veio à tona. Numa delas, o presidente aparece agachado ao lado do carrasco do Araguaia.

Sebastião Rodrigues de Moura, o “Major Curió” não admitiu apenas a morte de dois prisioneiros na guerrilha no Araguaia. Ele confessou que participou na execução de quatro guerrilheiros presos.

Esse desprezível assassino, Major Curió, teve audácia de fornecer provas do massacre. Em 2009, ele abriu arquivos ao jornal O Estado de S. Paulo e confirmou a execução de 41 guerrilheiros presos, que não ofereciam perigo às tropas. Muitos se entregaram maltrapilhos e famintos, após meses de fuga na floresta.

Bolsonaro sempre exaltou a matança na selva. Na Câmara, ele debochava das famílias dos desaparecidos com o slogan “Quem procura osso é cachorro”. No Planalto, extinguiu o grupo de trabalho que tentava identificar restos mortais dos combatentes.

Mas o velho ex-militar Curió, não estava ali atoa, a presença do carrasco da ditadura, era o simbolismo que os radicais de extrema-direita precisavam vê para atiça sua milícia virtual após semanas de derrotas no STF, com perdas nas pesquisas de opinião que já registra uma sequencia de queda na popularidade do presidente e do seu governo.

O surpreendente foi quando a Secretaria de Comunicação da Presidência chamou o torturado e assassino Curió de “herói do Brasil”. A Convenção de Genebra trata a execução de prisioneiros como crime de guerra, e nem as leis da ditadura autorizavam o que Major Curió fez no Araguaia. O Ministério Público Federal pede a condenação de Curió desde 2012, mas ele continua solto graças a Lei da Anistia em vigor no país.