Pai de Santo acusa evangélicos de vandalismo contra monumento aos Orixás em Itapetinga

Pai de Santo acusa evangélicos de vandalismo contra monumento aos Orixás em Itapetinga

Acusação aponta suposto grupo de 15 evangélicos de depredarem o monumento aos Orixás em Itapetinga.

Pai de Santo acusa evangélicos de vandalismo contra monumento aos Orixás em Itapetinga
O babalorixá Luciano Di Maria Neves reagiu aos seguidos ataques ao monumentos aos orixás com queixa crimes, e aponta grupos de religiosos evangélicos. 


Erguida nos anos 80, pelo prefeito José Vaz Espinheira em homenagem a cultura afro religiosa e a todos os Babalorixás [Pai de Santo] de Itapetinga, o monumento aos Orixás vem ao longo dos anos sofrendo com vandalismo, que vai da depredação a pichação, as suspeitas recai sempre sobre grupos de religiosos evangélicos.

Os ataques ao monumento público se intensificaram do inicio dos anos 2000 até os dias atuais, e geralmente ocorre na madrugada. Para por fim no vandalismo religioso, por parte de supostos evangélicos, o babalorixá do terreiro Tombenci bisneto Luciano Di Maria Neves, registrou queixa crime na delegacia regional de Itapetinga, acusando um grupo de aproximadamente 15 supostos evangélicos terem danificado o monumento.

Segundo o religioso Luciano Neves, em sua pagina no Facebook, a queixa foi com base em relatos de moradores da localidade, o monumento fica entre os bairros Camacã e Otávio Camões. E recebeu a promessa do prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), de restaurar e revitalizar a praça entorno do monumento aos Orixás.


relatos de Luciano Di Maria Neves, nas redes sociais


A intolerância religiosa é crime, mas infelizmente está fazendo parte do nosso dia-dia por conta de maus pastores evangélicos que ao transmitirem seus ensinamentos ultrapassa os limites de respeito mútuo entre cresças. Esse pastores, geralmente se recusam à aceitar e respeitar a religião ou crença de outros e acabam incentivando fiéis cometerem crimes religiosos.

Além dos terreiros de Candomblés, as igrejas católicas também sofrem com a intolerância religiosa praticada por fiéis orientados por maus pastores. O que precisa, é autoridade policial do município descobrir e punir não os fiéis, mas o líder que se auto se intitula de “pastor” por liderar crime de vandalismo a patrimônio público, visando à ofensa a outras religiões. Atualmente, o Código Penal já prevê detenção, de um mês a um ano, ou multa, para quem praticar a intolerância religiosa.