A farsa montada por Hagge para eleger Valquirão novo presidente da Câmara

A farsa montada por Hagge para eleger Valquirão novo presidente da Câmara

Conluio do prefeito de Itapetinga com vereadores de oposição induziram o presidente Anderson a realizar nova eleição de presidente com parecer jurídico forjado na Prefeitura. 

A farsa montada por Hagge para eleger Valquirão novo presidente da Câmara
Na eleição de novo presidente da Câmara de Itapetinga, escancarou a interferência do Prefeito Rodrigo Hagge no pleito supeito de ter sido manipulado pelo chefe do Execurivo. 


Ontem (6), a independência dos poderes municipal conquistada e imposta pela nossa Carta Magna, a Constituição Federal, foi jogada na latrina da Câmara Municipal de Itapetinga, quando o nosso Poder Legislativo se tornou uma mera extensão da Prefeitura Municipal sob apoio incondicional de parlamentares de oposição que juntos com o prefeito toparam montar uma das maiores farsas jamais vista na historia da Câmara de Vereadores.

Orquestrado no gabinete do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), uma manobra para derrubar a todo custo o sucessor natural do presidente da Câmara de Itapetinga, Léo Matos morto em um acidente de pesca, o vice-presidente e aliado do prefeito Anderson da Nova (DEM). Ele foi induzido e pressionado a realizar uma nova eleição ilegal de presidente, para levar o favorito de Hagge, Valquirio Lima (PSD) ao comando da Casa Legislativa.

Para que a farsa fosse perfeita, o prefeito Hagge contou com apoio da base aliada e opositora, além dos jurídicos da Câmara e Prefeitura, que junto forjaram um parecer jurídico de entrelinhas que insulta a inteligência de meros leigos na área. 

No parecer jurídico repleto de artigos e incisos de um Regimento Interno ultrapassado e cheio de omissão, interpretaram de forma malandra que o Legislativo teria que fazer uma nova eleição para vaga deixada por um membro da Mesa, que é o caso de Léo Matos, com a morte do presidente, a vaga seria ocupada com nova eleição de presidente. Assim eles ocultariam a real sucessão do vice-presidente que foi eleito para suceder o presidente em qualquer circunstância.

Sob articulação do prefeito Rodrigo Hagge, que também é advogado, o gestor municipal contou com um time de colegas advogados para montar um parece fajuto, entre os juristas: o presidente da OAB de Itapetinga, que hoje ocupa cargo de confiança na Prefeitura e dos advogados da Câmara, entre eles, um blogueiro/advogado indicado pelo próprio prefeito a assumir a vaga de assessor jurídico do Legislativo. Junto essas figuras antagônicas a permanecia de Anderson da Nova na presidência, omitiram o Art. 79 da Contribuição Federal que determina “Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.” Portanto, a eleição seria dirigida a escolha de novo vice-presidente e não de presidente, já que Anderson da Nova, foi eleito vice em uma formação de chapa de Mesa Diretora, sendo assim, sucessor do presidente em caso de ausência, seja ela permanente ou provisória.           

Na escancarada e criminosa interferência entre Poderes, promovida pelo prefeito Rodrigo Hagge, com grupo de juristas subservientes, eles se apegaram a um parágrafo do Regimento Interno que diz: “Aplicam-se as disposições deste Capítulo a qualquer eleição para a Mesa da Câmara, seja da instalação da legislatura ou em caso de preenchimento de cargo vago da Mesa.” Só que a expertise salta os olhos nesse parágrafo, que não indica que cargo seria esse. Se Anderson é o sucesso e já estava na cadeira de presidente por lei, o único cargo vago da Mesa Diretora seria a do vice-presidente, portanto a eleição seria a de um vice e não de um presidente.

Mas toda essa farsa só deu certo, por que contou com apoio inesperado de vereadores de oposição, que toparam junto com prefeito seres cumplices de um crime de usurpação de poder. Sem esses vereadores o sucesso da farsa com um parecer jurídico fajuto por uma nova eleição de presidente teria ido por água abaixo. 

A presença de Rodrigo Hagge no processo de eleição relâmpago da Câmara, com seu escolhido com único candidato, foi sinal claro do envolvimento do prefeito na eleição do Legislativo, o que caracteriza uma brutal interferência de poder, um crime grave na nossa democracia sujeito a processo de impeachment por crime de responsabilidade. Só que isso, não daria em nada, já que vereadores de oposição fizeram parte conluio. 

Porém a outro lado da história de hábitos comuns em eleições na Câmara de Itapetinga que envolve muito dinheiro, com rumores de compra de apoio e de votos. Daí surgem gigantescas “?”com apenas três perguntas. - O que levaria Anderson da Nova a entregar tão facilmente a cobiçada cadeira de presidente da Câmara? - Qual interesse de vereadores da oposição na farsa já que não somaria em nada, a presidência de um vereador aliado de Hagge e que poderia ganhar muito mais com a insatisfação de Anderson com o prefeito? - O que está por trás do acordo entre vereadores de oposição e o prefeito para toparem um esquema que pode ser facilmente derrubada no judiciário? 

Bem, tirem vocês suas próprias conclusões. Certo mesmo, é que tem algo de podre em toda essa história do começo ao fim. Afinal, todos são políticos.