Anderson recua após ameaça do prefeito Hagge e marca nova eleição na Câmara

Anderson recua após ameaça do prefeito Hagge e marca nova eleição na Câmara

Anderson da Nova não resiste a pressão do prefeito e marca eleição relâmpago de novo presidente para quinta (6).

Anderson recua após ameaça do prefeito Hagge e marca nova eleição na Câmara
Na imagem: Vereador Anderson da Nova e Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB).


Durou poucos dias a presidência de Anderson da Nova (DEM) na Câmara Municipal de Itapetinga após a morte do presidente Léo Matos, em um acidente de pesca. O atual presidente deve entregar a presidência do Legislativo Municipal em uma eleição relâmpago após sofrer uma série de ameaças veladas e autorizadas pelo prefeito Rodrigo Hagge (MDB), através de interlocutores do Executivo.

Em uma manobra orquestrada por vereadores governistas e de oposição, Anderson da Nova, se viu só na Mesa Diretora, já que os seus colegas de Mesa o abandonaram diante as ameaças vindo Executivo de cortarem cargos de correligionários na Prefeitura se não seguisse as regras de Hagge de impor o 1º suplente Valquirio Lima (Valquirão) que assume a vaga de vereador deixa por Léo Matos, na quinta-feira (6), já como presidente da Casa.

Na sessão em homenagem a Léo Matos, na quarta-feira (5), onde estava presentes a maioria dos vereadores, uma série de ameaças veladas sucumbiu os secretários da Mesa Diretora da Câmara, Neto Ferraz e Antônio Carlos Gomes (Tuca), com interlocutores do prefeito disparando indiretas “ou vocês abandonam Anderson, ou perderam os cargos na Prefeitura”

A tática da pressão total por ordem do prefeito surtiu efeito, sob o atual presidente, que na tarde da quarta, por volta da 15:00 hs, os secretários temendo a represália do chefe do Executivo avisam a Anderson que ele está sozinho na cadeira de presidente e não teriam como apoia-lo.

Com a estratégia de isolamento a todo vapor, Anderson não resistiu e anunciou a realização de uma nova eleição relâmpago na quinta-feira, sem prazo legal de concorrência a vaga de presidente. Prática anulada pela justiça em eleições passadas na Câmara de Itapetinga.

E o precedente ilegal de eleição relâmpago na Câmara, acreditem, tem apoio de vereadores de oposição que deve votar no candidato do prefeito Rodrigo Hagge. Em uma manobra jamais vista entre vereadores da base aliados.

Ao impor uma humilhação pública a Anderson da Nova, o vereador democrata parece que dá por satisfeito já que parentes ocupam cargos na Prefeitura de Itapetinga, assim com diversos vereadores que lotam o Executivo com parentes em cargos de confiança nomeados pelo prefeito Hagge. Em um escancarado crime de nepotismo.

Já oposição de Itapetinga na Câmara de vereadores, dá sinais que perdeu o rumo, desde a humilhante derrota na eleição passada. Quem além de não ajudar a aumentar as fileiras opositoras regride em momento de somar a seu favor. 

Se episódio foi ruim para oposição, agora, imagine para o vice-prefeito de Itapetinga Renan Pereira (DEM) do mesmo partido do presidente da Câmara. Que no domingo (2) ensaiou uma defesa a Anderson na presidência, mas tudo indica que ficou dá boca para fora. Anderson se quer teve apoio de membros do seu partido que também temeram perder cargos na Prefeitura. Todos preferiram o silêncio.        

Em publicação do IDenuncias, na semana passada, revelou rumores de uso de uma economia de mais de R$ 200 mil deixados por Léo Matos, que poderia vira barganha para eleição de novo presidente da Câmara. De acordo com relatos a grana pública poderia ser minada com oferta de diárias a vereadores e assessores parlamentares. O IDenuncias ficará de olho.