Senador Randolfe pede que TCU investigue gastos de churrasco de Bolsonaro no Palácio do Alvorada no Dia das Mães.
Churrasco do Bolsonaro com carne de quase 1.800 reais o quilo pode ser alvo de investigação pelo Tribunal de Contas da União. |
Depois das redes sociais virem abaixo, com criticas a festa de confraternização do presidente Jair Bolsonaro para familiares e amigos no último fim de semana, promovendo um churrasco com picanha a custo R$ 1.799,99 reais. O senador e vice-presidente da CPI da Covid Randolfe Rodrigues (Rede-AP) fez uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo que sejam investigados os gastos do presidente no Palácio da Alvorada no Dia das Mães.
O presidente recebeu um grupo de amigos no Alvorada no último domingo (9). Imagens do evento foram divulgadas nas redes sociais da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de outros participantes. Em uma das fotos, parte do grupo entre eles Michelle e a filha do casal presidencial, Laura aparece na área da churrasqueira do Alvorada.
Presidente Bolsonaro recebe familiares e amigos em churrasco no Palácio da Alvorada Foto: Reprodução/Instagram. |
Segundo Extra online, o presidente Jair Bolsonaro abriu as portas do Palácio da Alvorada para alguns familiares e amigos, numa confraternização no último fim de semana. Nas imagens do evento, chamou atenção a embalagem personalizada, que armazenava a peça de carne, a "picanha do mito". O produto é de um frigorífico em Goiás. E o quilo da iguaria (mesma carne, mas em outra embalagem) custa R$ 1.799,99 reais.
Segundo informações obtidas no frigorífico, a peça com a embalagem que remete ao presidente não está disponível. A mesma carne, porém, pode ser adquirida no local com outro invólucro. Trata-se de da Picanha Wagyu, cuja peça tem, em média, 350 gramas e custa R$ 599, segundo valor divulgado na web.
"A população brasileira não merece esse escárnio por parte do presidente da República com aqueles que passam fome. Precisamos seguir o primado republicado e a empatia democrática", afirma o senador Randolfe Rodrigues.
Na representação encaminhada ao TCU, o senador cita a possibilidade de má-utilização do dinheiro público, o que configuraria patrimonialismo por parte daqueles que deveriam prezar pelo interesse comum.
Em outra ação, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) pediu ao TCU que os gastos do presidente Jair Bolsonaro nas últimas férias sejam investigados. As despesas chegaram a R$ 2,4 milhões.
O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado pede que o tribunal avalie a necessidade dos gastos, "considerando o momento atual, em que o país enfrenta uma das mais críticas crises de sua história". No documento, Furtado cita que a notícia causou indignação, principalmente quando leva-se em conta o número de casos e mortes diários, ao mesmo tempo em que “o número de famílias desassistidas cresce de forma assustadora, mesmo com auxilio emergencial pago por família de R$ 175 a 250 mês, valor insuficiente para sustar uma pessoa que dirá uma família.”