Por temor de perda de cargos na Prefeitura, base aliada do prefeito Hagge na Câmara foram obrigados a votarem contra seu próprios projeto de leis.
Plenário da Câmara Municipal de ex-Itapetinga, Ulisses Guimaraes. |
A quinta-feira, 19 de maio/2021, deve entra na historia da Câmara Municipal Virginia Hagge, ex-Itapetinga, como o “dia da vergonha”. O dia em que a maioria esmagadora dos vereadores ficaram de joelhos, sob imposição do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que transformou os parlamentares da sua base na Câmara em sua cadeia de subservientes vassalos no Poder Legislativo.
Com uma série de vetos impostos por Hagge a projeto de leis de autoria de vereadores de maioria da base aliada do prefeito de Itapetinga na Câmara de ex-Itapetinga. Os vereadores que defenderam com entusiasmo aprovação de projetos no plenário da Casa, tiveram a obrigação de silenciar quando o gestor municipal rejeitou as proposta dos vereadores que poderia tornar lei municipal.
Momentos que antecedia a votação em plenário dos vetos do chefe da Prefeitura, uma ordem que dizia ser do prefeito Rodrigo Hagge, determinou que os vereadores ficassem em silêncio e aprovasse os vetos sem direito a questionar a decisão do gestor municipal. E foi exatamente o que aconteceu. Os vereadores simplesmente ficaram em silêncio na defesa de suas ideias contidas nos projetos de lei. Única manifestação contra o veto ficou por conta do vereador Hilderico Nogueira/PDT (Tiquinho), autor de uns dos projetos vetados pelo prefeito, por ainda pertencer a ideologia opositora. Como visto no vídeo abaixo:
A expressa ordem do prefeito Hagge para que vereadores se calassem em plenário, veio acompanhado com ameaças veladas de represarias a cargos de correligionários na Prefeitura Municipal se caso, vereadores se opuserem a decisão do prefeito.
Ao assistir pela rede social, a sessão da Câmara, dizia um ex-vereador ao vê cena lastimável de um Parlamento que deixou de defender a população para defender seus próprios interesses. “Isso acontece porque o relacionamento que a Prefeitura tem com a Câmara é de subserviência. Há uma desvalorização na Câmara. A última instância em que a Prefeitura se preocupa em abrir para o debate é com os vereadores. E difícil acreditar, mas é a mais pura demonstração que a Casa do Povo ficou de joelhos perante o jovem prefeito. É preciso lutar para resgatar a credibilidade da Câmara Itapetinga, perdida nesta legislatura.”
Um dia antes da votação dos vetos a projetos de leis dos vereadores, na sessão da quarta-feira (18), houve uma tentativa da base aliada de se rebelar e derrubar os vetos do prefeito Hagge. Em uma sessão que começou, com ataques a secretários municipais.
Na bronca dos vereadores de Hagge, o menosprezo dos secretários com os vereadores que compõem a tropa de choque do prefeito na Câmara. A falta de estima dos secretários para com Parlamentares, levaram os edis a descer o sarrafo na turma de confiança do prefeito na Prefeitura Municipal.
Mas por trás das brocas, além da enxurrada de vetos do prefeito Hagge a projetos de leis de vereadores, a demissão em massa de correligionários dos parlamentares na Pasta da Saúde no mês passado. Mesmo sem citar os nomes dos secretários, os ataques foram direcionados ao atual secretario da Saúde Hugo Souza, que apenas cumpriu ordens expressas de Rodrigo Hagge a demitir os indicados dos vereadores.
O pacotão de desilusão do prefeito parece que não abalou a confiança dos vereadores no gestor municipal, mesmo Hagge ter vetado o sonho dos edis aliados em ter uma lei municipal para chamar de seu. Os vereadores foram obrigados a votarem contra seus próprios projetos de leis aprovados na Câmara ex-Itapetinga.
O impressionado em toda essa narrativa, há vereadores que declaram abertamente quem manda de fato no Poder Legislativo Municipal é o prefeito Rodrigo Hagge. Os vereadores apenas obedecem às ordens vindas da Prefeitura.
Políticos e autoridades precisam reagir a mudança do nome da Câmara de Itapetinga para Virginia Hagge. (VEJA AQUI) |
Agora, dá para entender as declarações de subserviência dos vereadores. Esses mesmos “ardis” tiveram audácia de excluir o nome da cidade de Itapetinga na fachada da Câmara para o nome da mãe do prefeito.