Políticos e autoridades precisam reagir a mudança do nome da Câmara de Itapetinga para Virginia Hagge

Políticos e autoridades precisam reagir a mudança do nome da Câmara de Itapetinga para Virginia Hagge

Ao varrer o nome de Itapetinga da Câmara Municipal para mãe do prefeito Rodrigo Hagge, autoridades públicas, partidos e políticos silenciam diante da mais pura aberração.

Políticos e autoridades precisam reagir a mudança do nome da Câmara de Itapetinga para Virginia Hagge
Prefeito Rodrigo Hagge (MDB), na inauguração do letreiro da Câmara Municipal que leva o nome da mãe, Virginia Hagge, falecida no ano passado.

Se, é por covardia ou por ignorância, não sabemos. As razões que levam políticos, partidos e autoridades públicas veem a mudança do nome da Câmara Municipal de Itapetinga para Câmara Municipal Virginia Hagge, mãe do atual prefeito Rodrigo Hagge, sem reação a esdruxula modificação que rebaixa o Poder Legislativo a uma simples praça pública. 

A mudança no nome da Câmara proposto pela Mesa Diretora como forma de agradecimento ao prefeito por ter forçado o presidente por direito, Anderson da Nova (DEM) abdicar da presidência da Casa, após trágica morte do presidente titular Léo Matos em um acidente de pesca. 

Anderson teria direito por ser vice-presidente eleito em composição de chapa, mas com um conluio de vereadores com o prefeito Hagge, pressionou Anderson a realizar nova eleição para presidência da Casa, que na escolha de Hagge é o atual presidente Valquirio Lima/PSD (Valquirão).

Câmara não é mais Itapetinga é Virginia Hagge, mãe do prefeito
Câmara não é mais Itapetinga é Virginia Hagge, mãe do prefeito. (VEJA AQUI)

A posposta que virou lei, no plenário da Câmara ex-Itapetinga, hoje, Virginia Hagge, seria na estrutura do prédio, mas como o puxa-saquismo aflora dentro do parlamento municipal como erva daninhas em um matagal, o atual presidente da Casa decidiu ir além de uma placa decorativa pendurada em uma parede da Câmara, homenageando a mãe do prefeito. 

Valquirão decidiu extrapolar seu sentimento de puxa-saco Nº 1 do prefeito Hagge, e elevou a mãe do gestor, falecida no ano passado, a status de cidade, ao mandar colocar na fachada do Parlamento, o nome Virginia Hagge e não Itapetinga. Para qualquer pessoa que visite a cidade, a confusão estará formada, se o município é Itapetinga ou Virginia Hagge. 

Nome de mãe do prefeito Hagge no prédio da Câmara não é homenagem é puro puxa-saquismo dos vereadores. (VEJA AQUI)

E o letreiro, que agradou o prefeito no dia do seu aniversário na sexta-feira 13, não custou barato. De acordo com contrato publicado no Diário Oficial da Câmara ex-Itapetinga, consumiu R$ 3.500 reais dos cofres públicos (VEJA AQUI), esse é um dos valores do puxa-saquismo de Valquirão para agradar o prefeito de Itapetinga. 

Caso autoridades públicas silenciem e políticos se acovardam, certamente, essa insana aberração de tentar varrer o nome de Itapetinga da Câmara Municipal será corrida no futuro muito próximo, assim como o nome da homenageada, quando presidia o Parlamento foi responsável por levar o caos para Câmara de Itapetinga, ao fraudar a eleição interna para nova gestão legislativa. Em uma votação empatada, a então presidente Virginia decidiu votar 2 vezes, em um Parlamento de 10 vereadores foram constatados 11 votos na urna. 

O caso foi decidido pela Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que o concorrente que encabeçava a chapa, então vereador Zildo Carvalho (DEM), era o vencedor por ser o parlamentar mais velho e com vários mandatos. 

Antes de parar no STJ, Zildo Carvalho foi vitorioso em todas as instâncias da 1 a 2ª do judiciário, mas como Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) está atolada em corrupção com escândalos de venda de sentenças, na época, o presidente do TJBA, resolveu por uma suspensão inédita de uma decisão do colegiado de desembargadores que foram favoráveis a Zildo. A tal suspensão, permitiu que o aliado de Virginia Hagge, Dr. José Roberto Menezes ficasse um tempo na presidência da Câmara, a decisão do então presidente da Corte baiana, foi vista como descabida pelos Ministros da segunda turma da Corte Superior.