Contratos milionários da luz foram tentativas desastradas de corrupção na gestão Hagge. Entenda

Contratos milionários da luz foram tentativas desastradas de corrupção na gestão Hagge. Entenda

De três contratos milionários para trocas de lâmpadas públicas, dois, são suspeitos de superfaturamentos. O caso estarreceu a imprensa baiana em meio ao silêncio da Prefeitura de Itapetinga.

Contratos milionários da luz foram tentativas desastradas de corrupção na gestão Hagge. Entenda
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), recusa a esclarecer os descontões de 22 milhões reais nos contratos para trocas de lâmpadas públicas.

A reportagem exclusiva do IDenuncias revelando a série de contratos milionários do governo municipal Rodrigo Hagge (MDB) com uma empresa de Itabuna para troca de lâmpadas, ganhou sites baianos, em especial, o Jornal A Tarde que reproduziu matéria jornalista do site de denuncia, sobre o descontão de 22 milhões de reais nos contratos da luz em um intervalo de menos de 2 anos.

As tentativas frustradas da imprensa baiana de cobrar explicações da Prefeitura de Itapetinga sobre os milagrosos descontões milionários evidenciou uma mecânica desastrada, feita fora de medida, ao superfaturar os serviços de trocadas de lâmpadas sem ter dinheiro para honrar a contratação. Fato, que melou possíveis divididos a serem distribuídos entre os envolvidos, no caso, empresa e agentes da Prefeitura. Trocando em miúdos! Corrupção da grossa.

Hagge e os suspeitos contratos para troca de lâmpadas: de R$ 25 milhões para 10 milhões, agora é R$ 3 milhões
Hagge e os suspeitos contratos para troca de lâmpadas: de R$ 25 milhões para 10 milhões, agora é R$ 3 milhões (VEJA AQUI)

Com agentes políticos e públicos envolvidos diretamente no mega-contrato inicial de R$ 25 milhões em 2021, com preços muito acima de R$ 1,2 mil, por cada troca de lâmpadas, o esquema com empresa RCX Locações e Comércio de Materiais Elétricos Eirel para trocas de Lâmpadas públicas de vapor de sódio para tecnologia LED, não prosperou. O setor de finanças da Prefeitura havia alertado o prefeito Rodrigo Hagge e o secretário de infraestrutura Gustavo David que não haveria fonte de receita para bancar o contrato superfaturado.

Daí, surge a figura responsável pelas finanças da Prefeitura de Itapetinga Orlando Ribeiro, com ideia de criar uma nova fonte de receita para bancar um novo contrato com a mesma empresa, porém, com serviço de preço dito como de mercado. O chefe das finanças propôs a criação de uma nova lei que estabeleceria reajuste nas cobranças nas taxas de iluminação pública o que seria a solução da fonte de nova receita.

Com termino do primeiro contrato em outubro/2022, uma nova contratação com a RCX Locações foi celebrada com ajustes nos custos de prestação de serviço. Com preço ainda distante de mercado, o novo contrato é celebrado por R$ 10 milhões, o desconto foi de R$ 15 milhões em comparação ao contrato anterior de 25 milhões de reais.

O descontão milionário surpreendeu como também deixou o entorno do prefeito Rodrigo Hagge de saia justa. Na Prefeitura, o silêncio imperava. Na Câmara de Vereadores, a base aliada preferia comentar qualquer assunto, menos a nova contratação com abatimento de 15 milhões de reais. Mas era inevitável, em conversas reservadas entre vereadores afirmar que o contrato da luz era esquema para roubar o dinheiro público.

Quando os aliados do prefeito Hagge achavam que as contratações milionárias de trocas de lâmpadas estava superada, já que o Ministério Público de Itapetinga não havia se manifestado sobre o grotesco episódio do superfaturamento a descontão. Eis que sugue em semanas, a nova recontratação da RCX locações para o mesmo serviço inicial, como custo ainda mais surpreendente em queda de preços, de R$ 3 milhões.

O novo abatimento de 7 milhões de reais, escancarou a desastrada tentativa de surrupiar o dinheiro público. Se já estava difícil defender administração Rodrigo Hagge, a nova contratação seria uma missão impossível para aliados do governo municipal tentarem justificar o injustificável.

O total de descontos de R$ 22 milhões levou a imprensa da Bahia a buscar sem sucesso explicações da Prefeitura de Itapetinga. Então, vamos esclarecer o brusco abatimento nos custos para troca de lâmpadas.

Repercussão na Bahia de contratos milionários da luz leva pânico a gestão Rodrigo Hagge
Repercussão na Bahia de contratos milionários da luz leva pânico a gestão Rodrigo Hagge (VEJA AQUI)

Recorda da proposta do chefe das finanças da Prefeitura, Orlando Ribeiro de criar novas taxações de iluminação pública para bancar o contrato milionário?:

Bem, o prefeito Hagge envio para Câmara de Vereadores, um projeto de lei (PL) de mega-aumento nas taxas de iluminação de reajuste de até 1.000%, o que tornaria a luz pública de Itapetinga a mais cara da Bahia. A proposta não prosperou no legislativo por conta de dois vereadores governistas: Tuca da Civil (republicano) e Helder de Bandeira (PSC) que barram a tentativa do Executivo de aprovação a PL das novas taxações da luz.

Sem o mega-aumento na iluminação pública, o prefeito refez o contrato de R$ 10 milhões para 3 milhões de reais com a empresa RCX Locações, por não haver dinheiro para bancar o segundo contrato, uma redução inevitável nos custos. Isso, para fazer o mesmo serviço dos contratos anteriores de R$ 25 milhões e R$ 10 milhões, segundo ata pública publicada no Diário oficial da Prefeitura de Itapetinga.

O silêncio generalizado na Prefeitura, Câmara de Itapetinga e parte da imprensa local por conta do episódio dos contratos milionários demonstram o alinhamento de pessoas da imprensa, vereadores governistas e de oposição com os malfeitos do chefão do Executivo ao ignorar a gravidade de fatos que estarreceram a mídia baiana. 

Fica evidente que não surrupiaram o dinheiro público, por não haver dinheiro para bancar os contratos superfaturados. Se a Câmara de Vereadores aprovasse o mega-aumento nas taxas de iluminação pública, o esquema estaria a todo vapor, e Itapetinga jamais teria conhecimento dos obscuros segredos por traz dos contratos da luz.