Escolha de novo presidente da Câmara pelo prefeito Eduardo Hagge é tentativa de enquadrar vereadores aliados a limitar indicações na Prefeitura.
Prefeito eleito Eduardo Hagge (MDB) que impor nova realidade de vereadores de 'cuia' nas mãos. |
Os bastidores da eleição interna a presidente da Câmara de Itapetinga vai se revelando um episódio dramático a cada dia que se aproxima a posse dos eleitos em 01 de janeiro do próximo ano. O clima é de muitas traições e previsões de arrocho na base de apoio do futuro prefeito, em um legislativo de poucas renovações e disposta a brigar por cargos na Prefeitura.
A tentativa de impor limites desde já a vereadores da futura base aliada na Câmara antes de sentar na cadeira de prefeito demonstra despreparo do eleito Eduardo Hagge que irá comandar o município pelos próximos 4 anos e precisará de uma sólida vereança para governar a cidade.
Infeliz fala de Eduardo Hagge que na sua gestão gabiraba 3: “vereadores não terão cargos de indicação”, deixou a turma de políticos de cabelos em pé e desconfiados que o Tiozão está mal intencionado com sua base aliada após tomarem ciência que possível apoio ao vereador Luciano Almeida (MDB), a presidente da Câmara faz parte de uma trama para enquadrá-los no limite de cargos a correligionários na Prefeitura.
A intenção repentina de apoiar Luciano Almeida na presidência do legislativo desvenda em reportagem do IDenuncias através de interlocutores próximos aos Hagge que indica estarem brigados e mal se falando após a eleição revela que o prefeito eleito quer apoio, mas não quer ceder nada em troca.
A escolha de Almeida para presidência, segundo repostagem, é a segurança que pautas do Executivo não sejam trancadas pelo presidente da Câmara para obrigar Eduardo Hagge a negociar espaço de vereadores na nova administração.
Câmara: plano de Eduardo Hagge é apoiar Luciano Almeida presidente para neutralizar pressão de vereadores por cargos (VEJA AQUI)
No Congresso Nacional "apoio" significa cargos no governo e emendas parlamentares. Em Itapetinga segurar uma base de apoio a Prefeitura é ofertar cargos a correligionários no Executivo. Essa é nova realidade que Eduardo Hagge vai ter que encarar em uma Câmara de Vereadores equilibrada onde qualquer perda será sinal de fraqueza.
A tentativa de “171” nos vereadores aliados, deve obrigar o prefeito a reunir pela primeira vez com sua base de apoio nas próximas horas para desfazer o que os aliados da Prefeitura chamam de fala infeliz e ‘fora de contexto’ do prefeito eleito por ser novato na política. Uma justificativa no ‘vai que cola’.
Vereadores eleitos do MDB, PDT, PL e União Brasil já perceberam o jogo da nova gestão e deve se reunir entre eles antes do chamamento de Eduardo Hagge para fala de eleição da nova Mesa Diretora da Câmara.
A leitura nos bastidores do legislativo é que a opção do prefeito para presidência neste momento não os interessa e devem abrir novo leque opções de candidatos a presidente da Câmara. Já nos bastidores do Executivo o entendimento é que vereadores não terão coragem de dizer “não” ao prefeito eleito no cara-a-cara, pois, acredita, terem medo de perder o pouquíssimo que será ofertado a eles na Prefeitura.
Entre dúvidas e incertezas, o jogo de poder em Itapetinga vai exigindo muito mais que lealdade política em momento de desconfiança criada pelo próprio prefeito Eduardo Hagge que nem assumiu o comando da Prefeitura já quer tolher seus aliados ao querer impor limites e uma nova e surreal realidade administrativa com vereadores de ‘cuia’ nas mãos.
Pelo jeito, Eduardo Hagge tem que aprender rápido a gestar, ou, caso contrário dará um tiro no próprio pé a cada tentativa de administrar uma cidade como se fosse uma empresa privada.
É novo Hagge, é vereadores de cuia, é vida que segue ....