Proposta rejeitada pela base aliada do prefeito na Câmara, foi qualificada por vereadora petista de beneficiar pobres de Itapetinga, enquanto teria potencial de enriquecer advogados da Prefeitura.
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Com único voto favorável a PL dos Advogados, a vereadora petista Sibele Nery tentou convencer seus colegas de Parlamento que a proposta seria em prol da comunidade pobre. |
Itapetinga assistiu, na terça-feira (17/06), a um espetáculo de derrota e humilhação política. O prefeito Eduardo Hagge (MDB), acostumado a governar com o Legislativo no bolso, viu seu projeto mais polêmico, o "PL dos Advogados" ser implodido no plenário da Câmara Municipal, em uma votação que não só enterrou sua proposta, mas também expôs as fissuras de sua suposta "base aliada".
O projeto, um acinte aos contribuintes inadimplentes, buscava enriquecer seis advogados públicos às custas dos já asfixiados cidadãos, permitindo o confisco de bens, processos judiciais e a infame "tríplice punição" dívida, custas e honorários advocatícios. Uma jogada que, se aprovada, transformaria a inadimplência em um pesadelo ainda mais cruel.
Mas o prefeito Eduardo subestimou o Legislativo. Apesar de controlar 13 dos 15 vereadores, sua base não apenas o abandonou, o esfacelou publicamente. A votação terminou com 12 votos contra, incluindo três abstenções estratégicas, e apenas um a favor: o da vereadora petista Sibele Nery, cujo voto, nada surpreendente, cheira a troca de favores. Afinal, quem duvida que a parlamentar, de olho na Secretaria de Educação, usou o "sim" como moeda de barganha, vestindo de "lealdade" o que não passa de oportunismo.
A jogada de Sibele: vereadora aposta na sangria de devedores da Prefeitura de olho na Educação (Click Aqui)
O resultado foi um desastre político para Eduardo Hagge. Mais do que uma derrota, um vexame. O prefeito, que insistiu em ressuscitar um projeto fracassado por 13 anos, claramente queria testar o limite da obediência de seus aliados. Falhou. E, no processo, revelou que seu domínio sobre a Câmara é ilusório.
Os vereadores, conscientes do risco político, barraram a proposta não por altruísmo, mas por sobrevivência. Sabiam que, se aprovado, o PL seria uma bomba-relógio e a população, sufocada por cobranças abusivas, cobraria o preço político deles, não do prefeito.
A mensagem está clara! Eduardo não é tão poderoso quanto pensava. E, em Itapetinga, até os aliados têm limites, especialmente quando o jogo político ameaça custar-lhes o mandato.
Vereadores enterram ‘PL dos Advogados’ de Eduardo Hagge, com único voto favorável de petista (Click Aqui)
Enquanto isso, a vereadora Sibele Nery, única a nadar contra a maré, deixa no ar a pergunta: qual será o preço do seu voto? Afinal, ela argumentou favorável a uma posposta do prefeito que iria beneficiar os pobres de Itapetinga, e não, um seleto grupo de advogados que poderia surfar na montanha de dinheiro da dívida ativa do município às custas dos contribuintes devedores.
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