Os esqueminhas de bastidores de Itapetinga.
E aí, pessoal! Na Zoeira na área. E hoje a gente vai falar de uma jogada de mestre… ou melhor, de uma jogada de desespero que tá rolando em Itapetinga. E as contas do João, vem aí la...la...la...la...
O prefeito Eduardo Hagge (MDB) parece aquele jogador de pôquer que, perdendo todas as cartas, decide jogar com um baralho de Uno e espera que ninguém perceba. A treta? Ele resolveu dar uma de rebelde e meteu os pés nas costas do próprio mentor e sobrinho, Rodrigo Hagge (MDB), o cara que basic construiu a vitória dele.
Resultado: o clã Hagge, que era uma fortaleza, virou um quebra-cabeça com peças faltando. E o Eduardo ficou naquela saia justa: precisando de aliados, mas sem ninguém com peso eleitoral que topasse entrar na roda.
A solução genial do nosso prefeito? Investir na raia miúda.
Isso mesmo. Sem os peixes grandes, ele foi pescar no aquário de casa. A nova base de apoio dele é um dream team de suplentes que não se elegeram, ex-adversários da oposição e alguns governistas de baixíssimo calibre. Gente que, nas urnas, o povo claramente disse: “obrigado, mas não”.
A moeda de troca? Cargos na prefeitura. O prêmio? Um apoio, digamos, simbólico para a campanha do candidato do prefeito a deputado federal em 2026.
Aí você me pergunta: “Zoeira, mas isso funciona?”.
Claro que não! É pura ilusão. O prefeito pode postar foto com café da manhã coletivo, todo sorridente com a nova turma, mas a matemática eleitoral é fria e cruel. Essas figuras não carregam votos; carregam o estigma da rejeição. Muitos dos votos que eles tiveram foram contra os Hagge, e não a favor deles.
A jogada é tão contraditória que beira o tragicômico: Eduardo Hagge está distribuindo cargos e benesses justamente para quem torceu e trabalhou pela sua derrota. Enquanto isso, os que estiveram com ele desde o início, a galera do “gabiraba” do patriarca Michel Hagge (MDB), devem estar lá no grupo de WhatsApp rindo (ou chorando) diante da traição.
É a velha história: trocar seis por meia dúzia já é ruim. Agora, trocar seis por menos de meia dúzia? Isso é trocar um cavalo de guerra por um pônei desdentado e achar que vai ganhar o Derby.
Enquanto a plateia assiste ao espetáculo, a pergunta que fica é: será que alguém avisa para o prefeito que o jogo já acabou?
Um abraço e até a próxima...
A conta chegou...
O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) julga nesta quarta-feira (17) as contas do ex-presidente da Câmara de Itapetinga, João de Deus da Silva Filho, que faleceu em 2023.
A análise deve encontrar irregularidades graves, como um reajuste absurdo que os próprios vereadores fizeram em seus salários. Eles aprovaram um aumento retroativo para os últimos 5 anos, um período que inclui até mesmo a pandemia quando a lei proíbe reajustes.
Na época, o prefeito Rodrigo Hagge (MDB) vetou o aumento, mas os vereadores derrubaram o veto rapidamente.
Outro problema é o abuso no uso de combustível pago pela Câmara, o que também é proibido.
Se as contas forem reprovadas, os vereadores envolvidos, inclusive os que foram reeleitos, terão que devolver o dinheiro e podem responder por crime de improbidade administrativa. A situação é especialmente complicada para os ex-vereadores, que nem mesmo têm mais salário para pagar a dívida.
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