Itapetinga vive melhor momento do emprego em quase 5 anos, com 418 novas vagas em Agosto

Dados do Ministério do Trabalho mostram que a cidade criou 418 novas vagas com carteira assinada apenas em agosto; setor calçadista baiano dá sinais que não foi atingida pelo tarifaço.

Itapetinga vive o melhor ano de geração de emprego, 1.738 empregos desde janeiro deste ano. 

A economia de Itapetinga acaba de registrar seu melhor momento no mercado de trabalho formal desde o início de 2021. Dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego revelam que a cidade criou 418 novas vagas com carteira assinada apenas no mês de agosto, elevando para 17.910 o total de trabalhadores formalmente empregados no município.

Desempenho Histórico

O resultado de agosto representa o melhor desempenho em 56 meses, superado apenas por janeiro de 2021, quando foram criadas 453 vagas. O crescimento mostra forte aceleração em relação ao mês anterior, sendo 10% superior ao saldo de 380 empregos registrado em julho.

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) detalham que, em agosto, foram realizadas 964 admissões contra 546 demissões, resultando no saldo positivo que coloca a cidade em patamar

Perfil: homens vs mulheres

A análise por gênero revela um cenário particular: os homens foram maioria tanto nas contratações quanto nas demissões. Do total de 418 vagas criadas, 234 foram ocupadas por homens (56%) e 184 por mulheres (44%). Embora os homens tenham sofrido mais demissões (322 contra 224 mulheres), também foram os mais contratados, com 556 novas admissões contra 408 das mulheres. O saldo final positivo para ambos os gêneros reflete o bom momento do mercado de trabalho local.

Santa Azaleia

A indústria se consolidou como o grande motor do emprego formal na cidade. O setor gerou impressionantes 363 novas vagas líquidas, resultado de 667 contratações frente a 304 demissões. Com esse desempenho, o segmento industrial atingiu a marca de 9.984 trabalhadores com carteira assinada. O destaque ficou com o polo calçadista da Vulcabrás/Azaleia, principal empregador industrial da região.

Comércio reage

Após períodos de retração, o comércio local mostrou sinais de recuperação, registrando saldo positivo de 43 empregos. Foram 128 admissões contra 85 demissões, elevando para 2.466 o total de empregados formais no segmento.

Emprego em Itapetinga: O que está acontecendo com o comércio e os outros setores enquanto a indústria contrata (click Aqui) 

Os demais setores também apresentaram performance positiva, ainda que modesta: a agropecuária gerou 5 novas vagas, a construção civil criou 4 postos de trabalho e o setor de serviços acrescentou 3 empregos formais. Este último mantém sua relevância na economia local, detendo o segundo maior estoque de trabalhadores formais (4.385), atrás apenas do setor industrial.

Xô Trump

Enquanto o setor calçadista do Rio Grande do Sul sofre com o tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump e depende de ajuda federal, a situação na Bahia mostra cenário completamente diferente. As medidas protecionistas americanas não afetaram a produção baiana, que segue em expansão com geração de empregos, contrastando com a realidade sulista que enfrenta demissões em cadeia.

O desempenho de Itapetinga reforça a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho formal na região, seguindo movimento observado em outras cidades do interior baiano. Especialistas apontam que a diversificação econômica e os investimentos industriais recentes têm contribuído para esse cenário positivo. Itapetinga vive o melhor ano de geração de emprego, 1.738 empregos desde de janeiro deste ano a agosto. 

Os números de agosto sugerem um período de otimismo para trabalhadores e empresários locais, indicando que a economia municipal pode estar entrando em um ciclo virtuoso de geração de emprego e renda.