Ex-presidente e vereador licenciado, hoje, secretário de Infraestrutura, Luciano Almeida (MDB), é acusado de usar indevidamente assinaturas eletrônicas de vereadores para efetuar a devolução de R$ 500 mil a Prefeitura.
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| Ex-presidente da Câmara de Itapetinga, Luciano Almeida (MDB), entra na mira dos vereadores após revelação que teria usando assinatura de colegas sem autorização para devolver R$ 500 mil a Prefeitura. |
Uma denúncia envolvendo a devolução de R$ 500 mil à Prefeitura de Itapetinga levanta sérias suspeitas de fraude e abuso de poder. O ex-presidente da Câmara Municipal, Luciano Almeida (MDB), atualmente secretário de Infraestrutura, é acusado de ter agido de forma irregular ao utilizar as assinaturas eletrônicas dos secretários da Mesa Diretora da Câmara sem a devida autorização. O valor, que aparentemente foi devolvido ao Executivo horas antes de Almeida assumir seu novo cargo, pode entrar na mira de uma investigação interna que promete sacudir o Legislativo Municipal.
Quase cinco dias atrás, uma denúncia sob pedido de anonimato foi enviada ao 'IDenuncias' por e-mail, alegando um possível crime de responsabilidade envolvendo Luciano Almeida. Segundo a denúncia, o então presidente da Câmara teria pressionado a tesoureira da Casa para emitir uma ordem de devolução de R$ 500 mil à Prefeitura de Itapetinga, com as assinaturas eletrônicas de dois membros da Mesa Diretora, sem que houvesse a devida autorização.
Os dois vereadores mencionados, Tiquinho Nogueira (PSD), 1º secretário da Mesa, e Manu Brandão (PSD), 2º secretária, negam ter autorizado a transação. De acordo com informações obtidas por fontes internas, o vereador Tiquinho Nogueira tem se mostrado revoltado nos bastidores, afirmando que foi surpreendido pela devolução do dinheiro e que jamais deu sua permissão para tal transação. Por outro lado, a vereadora Manu Brandão, embora negue qualquer envolvimento direto, tem evitado comentar o uso indevido de sua assinatura. A relatos que os vereadores e secretários da Mesa Diretora não estariam na cidade no ato da devolução do dinheiro ao Executivo.
O contexto político em Itapetinga é um terreno fértil para especulações. Luciano Almeida, que deixou a presidência da Câmara para se tornar secretário de Infraestrutura na gestão do prefeito Eduardo Hagge (MDB), teria supostamente realizado a devolução do montante para fortalecer sua aliança com o Executivo e garantir sua nomeação. A coincidência de o dinheiro ser devolvido à Prefeitura pouco antes de sua ascensão ao cargo no Executivo levanta ainda mais desconfiança.
O ‘Presentão’ de R$ 500 mil: a estranha renúncia de Luciano Almeida e a limpa nos cofres da Câmara de Itapetinga
Nos corredores da Câmara, fala-se abertamente sobre o possível "acerto" político entre Almeida e o prefeito Eduardo Hagge. Almeida, um aliado de longa que vem se mostrando fiel ao prefeito, teria supostamente utilizado os R$ 500 mil como moeda de troca para garantir sua ascensão ao cargo de secretário municipal.
A acusação mais grave, no entanto, é de que a devolução dos R$ 500 mil à Prefeitura pode ter sido realizada de maneira fraudulenta. O uso indevido das assinaturas eletrônicas dos vereadores da Mesa Diretora, sem o devido consentimento deles, configura um possível crime de fraude. Caso seja comprovado que a tesoureira da Câmara foi pressionada por Almeida a emitir a ordem de devolução sem as devidas autorizações, o caso pode se configurar como um grave escândalo político, com implicações jurídicas sérias para o ex-presidente da Câmara.
Diante das acusações e da gravidade dos fatos, cresce a pressão dentro da Câmara Municipal para que uma investigação interna seja instaurada. Diversos vereadores já se manifestaram internamente sobre o caso, exigindo que a verdade seja apurada a fundo. A principal dúvida é se a tesoureira foi realmente coagida a utilizar as assinaturas digitais sem permissão, o que configuraria um crime.
Mais do que um simples desvio de verba, o caso revela uma possível trama de manipulação política e alianças suspeitas entre o Legislativo e o Executivo municipal. Se a fraude for confirmada, o escândalo não só arranhará a reputação do ex-presidente da Câmara, mas também colocará em xeque o próprio governo de Eduardo Hagge, que já enfrenta críticas por sua gestão.
O desenrolar dessa história promete ser cheio de tensão, disputas políticas e, possivelmente, mais revelações que podem mudar o rumo da política local. O que se espera, é que a verdade prevaleça, e que os culpados, se houverem, sejam responsabilizados.

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