Após Bolsonaro provocar STF com vídeo, gabinete do ódio lança nova ofensiva contra ministros

Após Bolsonaro provocar STF com vídeo, gabinete do ódio lança nova ofensiva contra ministros

'Gabinete do ódio', palaciano volta a provocar os ministros do STF, com montagem de uma imagem de bando hienas com rostos dos membros da Corte.


Após Bolsonaro provocar STF com vídeo, gabinete do ódio lança nova ofensiva contra ministros
'Gabinete do ódio', montado pelos Bolsonaros em sala do Palácio do Planalto voltam a provocar os ministro da Corte Suprema 


O ‘gabinete do ódio’ mantido em sala do Palácio do Planalto entrou em ação novamente, com objetivo de acirrara inda mais os ânimos entre Bolsonaro e as instituições democráticas do país. Em publicação no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se comparou a um leão acossado por hienas que o atacam. Uma delas representa a Suprema Corte do Brasil, STF.

Com onda de criticas após publicação do vídeo, o’ gabinete do ódio’ entrou novamente em ação com outra publicação, desta vez imagem montada de bando de hienas com rostos dos ministros da corte, tentado passar a imagem que os ministros do STF não gostaram de serem chamados de hienas.

O vídeo retirado pouco tempo depois de sua conta no Twitter, após forte repercussão negativa, que geraram pesadas criticas dos ministros do STF.

Vídeo publicado pelo presidente em sua conta do Twitter

Entre os ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) , está Celso de Mello, decano da corte, disse que a postagem evidencia que “o atrevimento presidencial parece não encontrar limites”.

A postagem causou tamanha irritação que outros ministros do Supremo endossaram o coro, enviaram recados ao Palácio do Planalto de que o filme era despropositado, e que reação ao atrevimento presidencial terá resposta contundente e responsável por parte da Corte.

Segundo Folha de S.Paulo, nos bastidores da Corte Suprema, alguns ministros classificaram a publicação como infantil e, com ironia, disseram que o governo precisa chegar à vida adulta.

O conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), classificou o vídeo como desapreço pela democracia, chegando afirma que tamanha ousadia são sinais de governos autoritário.

O vídeo publicado pelo presidente, também atingiu seu próprio partido, já rachado por brigas internas. A publicação inflamou ainda mais os ânimos da ala do PSL ligada ao presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), hoje, algoz do presidente. Na legenda, o vídeo foi classificado como um tiro no pé dos Bolsonaros. A avaliação é a de que o governo tem como única marca a discórdia.

O vídeo termina com a chegada de outro leão, “conservador patriota”, e com um apelo: “Vamos apoiar o nosso presidente até o fim e não atacá-lo”. “Já tem a oposição pra fazer isso!”, dizia o letreiro. Veja o vídeo:



Em nota, o ministro do STF, Celso de Mello afirmou: “É imperioso que o senhor presidente da República que não é um ‘monarca presidencial’, como se o nosso país absurdamente fosse uma selva na qual o leão imperasse com poderes absolutos e ilimitados saiba que, em uma sociedade civilizada e de perfil democrático, jamais haverá cidadãos livres sem um Poder Judiciário independente, como o é a magistratura do Brasil”.

Bolsonaro postou o vídeo em meio às vitórias da esquerda e manifestações de rua em países da América Latina. “Chile, Argentina, Bolívia, Peru, Equador... Mais que a vida, a nossa liberdade. Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!”, escreveu o presidente.

Além do STF, entre as hienas exibidas no vídeo compartilhado pelo presidente aparecem a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o PSL (seu partido, com o qual trava uma disputa há dias), legendas de esquerda (como PT e PSOL) e veículos de imprensa, incluindo o jornal Folha de S.Paulo.

Após pesadas criticas, o ‘gabinete do ódio’ não perdeu tempo, mal geriu o vídeo, lançam nas rede sociais uma montagem de uma imagem, com um bando de hienas com rostos dos ministros do STF, titulando de ‘Uma Savana chamada STF’.

Se objetivo do presidente Jair Bolsonaro e provocar ainda mais o isolamento conseguiu com muito êxito, o vídeo foi considerado a gota d’água para as instituições democráticas. O desserviço infanto-juvenil foi de tamanha irresponsabilidade que coloca o presidente ainda mais na mira do Congresso Nacional, que não vê o comandante do país como opção desejável.