O presidente ficou irritado com a persistência dos jornalista sobre o áudio de Queiroz ex-assessor de Flávio Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro demonstrou irritação com jornalista com a persistência do áudio de Queiroz em assesor de seu filho Flávio |
Na China, o presidente Jair Bolsonaro disse desconhecer áudio divulgado pelo O Globo, envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de do, hoje, senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). "Eu não sei dessa informação. Por favor, o Queiroz cuida da vida dele, eu da minha. A minha preocupação aqui, para não acabar a entrevista de vocês (jornalistas), é tratar de questões que envolvem interesse de todos nós brasileiros", disse o presidente.
O presidente Bolsonaro, demonstrou irritação com insistência dos jornalistas, ao indagar novamente sobre a divulgação do áudio, o presidente afirmou que "não está sabendo". "Quando esse áudio veio à tona?", questionou Bolsonaro. "Não sei, desconheço. Não falo com o Queiroz desde quando aconteceu esse problema", afirmou sobre as suspeitas do ex-assessor atuar na prática da chamada rachadinha durante período em que trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, entre 2007 e 2018.
O áudio obtido pelo jornal O Globo e divulgado nesta quinta-feira (24) mostra que, mesmo depois do escândalo, Fabrício Queiroz continua tendo influência sobre indicações para cargos. "Tem mais de 500 cargos, cara, lá na Câmara e no Senado", diz Queiroz no áudio. "Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles em nada. '20 continho' aí para gente caía bem pra c*".
“Pô, cara, o gabinete do Flavio faz fila de deputados e senadores lá, pessoal pra conversar com ele. Faz fila. P..., é só chegar, meu irmão: 'Nomeia fulano aí, para trabalhar contigo'. Salariozinho bom desse aí cara, pra gente que é pai de família, p..., cai como uma uva (sic)", completa, no áudio mostrado pelo O Globo. Ouça áudio.
De acordo com o jornal, a mensagem foi enviada por Queiroz pelo WhastApp em junho deste ano, seis meses depois que o escândalo veio à tona, que o ex-assessor foi citado em relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por movimentações atípicas em sua conta. Em um ano, Queiroz movimentou em uma conta mais de R$ 1,2 milhão, quantia considerada incompatível com a renda do então assessor. Ele trabalhava para Flávio, oficialmente, como motorista na Alerj – Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, período que Flávio Bolsonaro, assumia o mandato de deputado estadual.
Não é de hoje, que o caso Queiroz vem tirando Bolsonaro do sério, na semana passada, quando o presidente passeava de moto e parou para falar e tira fotos com seus seguidores, escutou a pergunta, feita por um homem que estava de bicicleta e que não se identificou.
“E o Queiroz?” Bolsonaro então respondeu duas vezes “tá com sua mãe” enquanto colocava o capacete para retornar ao palácio. Bolsonaro foi duramente criticado por congressista pela falta de postura de um governante do país.