Prefeito demite Conselheira-chefe após recusa de recontagem de votos para Conselho Tutelar

Prefeito demite Conselheira-chefe após recusa de recontagem de votos para Conselho Tutelar

Demissão de Monalisa Guimarães, atendeu os pedidos dos aliados dos prefeito, por não influenciar na decisão do Conselho eleitoral do CMDCA 

Prefeito demite Conselheira-chefe após recusa de recontagem de votos para Conselho Tutelar
Pressão de aliados do governo Rodrigo Hagge, faz prefeito demitir Conselheira-chefe Monalisa Guimarães


O prefeito Rodrigo Hagge, demitiu a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itapetinga – CMDCA, Monalisa Guimarães, e ocorre após Monalisa recusar os pedidos do prefeito e da Secretária de Ação Social, por recontagem de votos na eleição para o Conselho Tutelar.

Após a eleição e apuração dos votos para a vaga de conselheiro tutelar, que definiu os vencedores do pleito. Um apertado resultado de apenas 2 votos motivou o pedido de recontagem por parte de uma aliada politica do prefeito Rodrigo Hagge.

À aliada seria Maria do Carmo Silva de Sousa, conhecida como Carmem, que ficou na sexta colocação das cinco vagas necessária para formação do Conselho Tutelar.

Como havia revelado, IDenuncias apontou uma manobra orquestrada por aliados do governo municipal para tentar reverter o resultado da eleição desfavorável à aliada politica, Carmem de Sousa.

No dia 8, Carmen ingressou com recurso no CMDCA, solicitando anulação ou recontagem dos votos. A decisão ficou por conta do Conselho eleitoral do CMDCA, se acataria ou não o pedido. O recurso de Carmem foi rejeitado por unanimidade dos membros.

Pressão e ameaça de demissão
Mas antes da publicação do resultado oficial, no dia 15, suspenso por conta do recurso impetrado por Carmem no CMDCA. A presidente do Conselho Municipal, Monalisa Guimarães, encontrava sobre pressão dos aliados do Prefeito Rodrigo Hagge, exigindo que a Conselheira-Chefe acatasse o recurso de Carmem, para recontagem de votos. Siga link resultado oficial (PDF)




Segundo fontes anônimas, o pedido dos governistas, era para Monalisa influenciar os membros do Conselho eleitoral do CMDCA, em favor da aliada de Hagge, por recontagem dos votos, se caso a Conselheira-Chefe recusasse o pedido, poderia sofre retaliações por parte do governo municipal.
  
Ameaçada de demissão, Monalisa Guimarães, não cedeu as pressões, principalmente da Secretária de Desenvolvimento Social, Virgínia Brito, que vinha insistentemente exigindo que Monalisa, usasse sua influência de conselheira-chefe perante os membros do Conselho Eleitoral em favor da aliada governista.


Carmem candidata derrota e o prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge. (foto: IDenuncias)

A demissão
Os sinais da insatisfação contra Conselheira-chefe foram expostos, após contrariar os interesses governistas, por não interferir favoravelmente no eleitoral do CMDCA. Insatisfação essa, que levou a demissão de Monalisa Guimarães, na sexta-feira (18), três dias após publicação oficial do resultado, a pedido da secretária municipal Virgínia Brito, após intenso bate boca no gabinete da secretária de ação social. Monalisa era contratada pelo município à assumir o cargo de presidente da CMDCA.

Fontes sobre anonimato, afirmaram que a posição de Monalisa, de não influência na Comissão eleitoral, produziu no gabinete da secretária de ação social, Virginia, um intenso bate-boca, com palavras de baixo escalão e ameaças de ambas as partes. O desejo de Virgínia Brito, era uma manobra a todo custo, por uma recontagem de votos que poderia mudar o quadro de vencedores, só que os planos da secretária, assim como, dos aliados do prefeito não deram certo, tudo por conta de uma ação honesta de uma Conselheira-chefe.
  
Dede de sua criação em 1990, o Conselho tutelar no Brasil é instituído como ‘órgão autônomo, não-jurisdicional, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente’.

Com 29 anos de existência, nunca ouviu se falar em intervenção ou influencia político-partidária que fosse capaz de produzir uma tentativa de fraudar a eleição para conselheiros tutelares em Itapetinga. Se algo não for feito, as próximas eleições serão comprometidas com influencias de políticos barganhando em troca de apoio eleitoral para prefeito e vereadores, ou quem sabe, suborno financeiro.