Após derrota de aliada, Prefeito manobra para abrir recontagem de votos para Conselho Tutelar

Após derrota de aliada, Prefeito manobra para abrir recontagem de votos para Conselho Tutelar

Candidatos vitoriosos apreensivos por possível manobra de aliados do governo municipal em alterar o resulta da eleição para o Conselho Tutelar

Após derrota de aliada, Prefeito manobra para abrir recontagem de votos para Conselho Tutelar
Resultado final para Conselho Tutelar não agrada aliados do prefeito Rodrigo Hagge 

Após o episódio do afastamento do vereador Diego Rodrigues (Diga Diga), envolvendo a gestão do prefeito Rodrigo Hagge e aliados da Câmara Municipal de Itapetinga. Mas uma manobra ousada do governo municipal foi exposta. Desta vez, envolve uma eleição municipal para escolha de conselheiros para Conselho Tutelar de Itapetinga.

A manobra consiste em salvar a cabeça de uma aliada política derrotada por apenas 2 votos, na eleição do último domingo (6). A cidadã descontente com resultado é a Sra. Maria do Carmo Silva de Souza, que ingressou com uma representação à presidente da comissão especial do processo de escolha dos integrantes tutelar, pedindo a recontagem dos votos e a anulação da eleição. Órgão é controlado pela Secretária de Desenvolvimento Social do governo municipal.

Carmen Souza ficou na sexta colocação das cinco vagas necessária para formação do Conselho Tutelar.  A diferença entre Carmem, 6º colocada e Jessica, 5ª colocada foi de apenas 02 votos, aliada do prefeito com 892 votos, a concorrente vencedora com 894 votos.  Carmen é coordenadora do CRAS do Bairro Américo Nogueira em cargo de confiança do prefeito. Recai sobre a candidata derrotada suspeita do uso da maquina pública a favor de sua candidatura.

A decisão para o pedido de recontagem dos votos na eleição do Conselho Tutelar está nas mãos de aliados do governo Hagge no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA, presidida por Monalisa Guimarães, responsável pela estrutura organizacional da eleição.

Monalisa é cargo de confiança do governo municipal, assim como Cármen Santos, ambas, trabalham no município em áreas sociais e subordinadas à Secretaria de ação social do município.

Na representação Cármen, alegou que durante o processo de apuração, não havia constatado em ata, o número de cédulas apuradas, afirmando que em algumas urnas foi superior ao número registrado de eleitores que assinaram registrando o seu voto. Acatado o pedido, CMDCA decidiu pela suspensão imediata da divulgação do resultado oficial do processo de escolha dos integrantes do conselho tutelar do Município de Itapetinga. Leia Integra da representação de Carmem: Siga PDF



Candidatos eleitos, no último domingo (6), para conselheiros do CT de Itapetinga

Apuração dos votos
No momento da apuração estava presente 10 dos 11 candidatos, a Promotora de Justiça, os representantes do CMDCA, vários eleitores acompanhando a contagem dos votos. Após o resultado final que selou os cinco conselhos para 4 anos de gestão a frente do Conselho Tutelar, a candidata derrota não se manifestou, e não fez nenhum registro em Ata, como prevê o art.27 da lei Municipal 1.276. Resultado: 1° – Luana: 1388,  2° – Jackson: 1209, 3° – Clébio: 917, 4° – Ricardo: 905, 5° – Jéssica: 894. Conforme a ata de apuração abaixo:

Ata atesta o resulta final, sem contestação de nenhum candidato

Recontagem sobre suspeita
A decisão de pedir a recontagem de voto é sem dúvida um direito democrático, o problema é quanto às cédulas, atas, listas de votação encontram-se sobre a guarda da Secretaria de Ação Social subordinada ao prefeito Rodrigo Hagge.

Segundo relatos dos candidatos, eles não acompanharam a lacração das urnas após a apuração dos votos, nem mesmo o transporte das cédulas, e como foram guardadas após o resultado. “Desta forma, estas cédulas poderiam sofrer alteração após o pleito, pois havia quadrados em brancos para possíveis marcações de X, que poderá pôr em cheque a lisura e transparência do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar”, afirmou uns dos candidatos ao Conselho.

De fato, muitos eleitores votaram em dois sou três candidatos, por não haver restrição ou obrigatoriedade de votarem nos 5 candidatos ao Conselho.  As suspeitas são muitas, e as garantias se haverá fraude ou não são gigantescas. Será que Carmem pode vira o jogo?, Que garantias terão os eleitores de que não vão fraudar a vontade popular?. Reposta sairá nas próximas horas ou dias.