A revista VEJA revelou onde está o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Queiroz era considerado o desaparecido mais famoso do Brasil.
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| Capa da revista destaca, Queiroz o desaparecido mais famoso do Brasil |
A publicação da revista Veja desta semana estampa na capa o desaparecido mais famoso do Brasil, Fabricio Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, responsável pelo esquema de ’rachadinha’ no gabinete do então deputado estadual do Rio de Janeiro, hoje, senador da republica.
Segundo a revista, Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, sumido desde janeiro, reside no Morumbi, o mesmo bairro da Zona Sul de São Paulo, luta contra um câncer no intestino no Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O que o levou para a mesa de cirurgia no fim do ano passado, pouco antes do estouro do escândalo da movimentação suspeita de 1,2 milhão de reais (600 000 entrando e 600 000 saindo) em sua conta na época em que trabalhava para Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Estado Rio de Janeiro (Alerj).
A revista revela que o câncer agressivo, uma pessoa próxima, a operação não resolveu o problema do tumor. Um possível agravante é o de que Queiroz teria se descuidado por um tempo, para dar prioridade nos últimos meses ao esforço de se manter longe dos holofotes. As “férias” forçadas do tratamento cobraram um preço: há sinais de que a doença continua ameaçando perigosamente seu organismo. No aspecto físico, Queiroz não aparenta seu delicado estado de saúde. Está apenas ligeiramente mais magro do que no ano passado, afirmou a Veja.
Após as movimentações suspeitas no gabinete de Flavio Bolsonaro, Queiroz surgiu como um cometa e sumiu do espaço sem deixar vestígios. A aparição espetacular, como se sabe, ocorreu no fim de 2018, a partir do momento em que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou em sua conta a dinheirama suspeita. A tese do Ministério Público é a de que ela é fruto de um sistema de coleta e de repasse de dinheiro de funcionários do gabinete, mais conhecido como ‘rachadinha’, do hoje, senador Flávio , quando o filho mais velho do presidente da republica era deputado estadual no Rio de Janeiro.
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| Com o ex-chefe Flávio: brincando com a marca registrada da família |
O órgão identificou também emissão de cheques de Queiroz no total de 24 000 reais para a conta da então futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. O enrolado Queiroz enrolou-se ainda mais nas explicações. Mencionou em um primeiro momento lucros de vendas de carros usados e, depois, disse que recolhia parte dos salários dos funcionários do gabinete a fim de contratar mais gente para a equipe do chefe, sem conhecimento do próprio.
No caso de Michelle, os depósitos seriam para quitar um empréstimo pessoal concedido a ele por Jair Bolsonaro. Em público, o clã Bolsonaro procurou se distanciar do ex-policial, incluindo o presidente, amigão de Queiroz desde o início dos anos 80, quando se conheceram no serviço militar da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio.
O desaparecimento nos últimos meses fez da pergunta “Cadê o Queiroz?” um bordão popular nas redes sociais e entre políticos da oposição sempre que querem cutucar o presidente. “Cabe a ele explicar. Eu também quero saber onde está o Queiroz”, diz Flávio Bolsonaro, ao ser perguntado sobre o tema. Bolsonaro, o pai, sempre entoou a mesma cantilena, terceirizando a responsabilidade dos problemas ao parceiro de longa data. Segundo um dos boatos surgidos para explicar o desaparecimento, Queiroz estaria escondido, fugindo de ameaças de morte para não abrir a boca. Em outra hipótese, neste caso, na direção contrária, teria sumido para escapar do assédio de pessoas interessadas em depoimentos capazes de incriminar os Bolsonaro. Ganharia em troca o fim das encrencas que enfrenta na Justiça e segurança para sua família. Siga, conteúdo completo na Revista Veja.
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