A prática ilegal não foi criação da Câmara de Itapetinga, mas os vereadores escancaram o esquema sem pudor
Na Câmara de Itapetinga, vereadores encaram o esquema de 'rachadinha' sem a minima vergonha |
Um pergunta que antes era sem dúvida uma incógnita, hoje, passa ser certeza, após série de reportagem do IDenuncias, expondo um imenso laranjal plantado dentro de um Parlamento de apenas 15 vereadores, que o caso, da Câmara Municipal de Itapetinga.
A palavra ‘rachadinha’ ganhou destaques na mídia e rede sociais, após o filho mais velho do presidente da Republica, Flávio Bolsonaro, está sobre investigação do Ministério Público do Rio, na prática criminosa na Assembleia do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na época, exercia o mandato de deputado estadual.
A prática é bastante simples, Parlamentares indicam qualquer cidadão, com ou sem experiência para a vaga de assessoria em gabinete, porém antes de assumir, revela ao futuro pretendente ao cargo que terá de devolver parte de seu salário, se o comissionado topar, o parlamentar embolsa boa parte do vencimento de seu assessor.
A rentabilidade do esquema depende, se o assessor indicado trabalhar no Parlamento, o valor a ser retido do salário é menor, aproximando do 70%, o que representa uma perda para o parlamentar, se não trabalhar, o embolso chega a quase 90% do vencimento do comissionado.
Mas temos que fazer ‘jus’, que essa prática sorrateira sem pudor, não nasceu na Câmara de Vereadores de Itapetinga, existe há décadas nos Parlamentos estaduais, municipais e Congresso Nacional. Por aqui, em Itapetinga, o esquema ganhou os bolsos dos vereadores a partir de 2006. De lá-pra-cá, só foi um extra, para complemento dos salários dos Parlamentares itapetinguenses, que não é ruim, hoje, uma bagatela de R$ 8 mil reais mês.
A série publicada pelo IDenuncias, revelou a praticidade em que os vereadores tem para a prática da ‘rachadinha’, quando eles [vereadores], indicam para vaga de assessoria parlamentar, pessoas sem a mínima qualificação para assumir o cargo, ou quando resolvem escancarar de vez, indicando cidadão que já tem emprego, só para reterem quase a totalidade do salário.
Enquanto isso, o cidadão itapetinguense acompanha estarrecidos as publicações do IDenuncias, revelando a cada semana os assessores laranjas dos vereadores, os deixando paralisados diante a inerte das autoridades, que insistem em não investigar devido o anonimato das denuncias.
Bem, sobre a pergunta na manchete da matéria, acho que foi respondida!.