Esquema de ‘rachadinha’ na Câmara de Itapetinga nasce nas eleições

Esquema de ‘rachadinha’ na Câmara de Itapetinga nasce nas eleições

A rachadinha na Câmara de Itapetinga, onde parte dos vereadores embolsam quase a totalidade dos salários de seus assessores tem inicio nas eleições municipais.

Devidos rachadinha de salários de assessores com vereadores, maioria dos parlamentares indicam laranjas para ocupação da vaga 



Com a série de reportagens publicada pelo IDenuncias sobre esquema de assessoria laranja na Câmara de Itapetinga, a população do município vem se perguntando, como surgiu esse esquema de laranjas?

A resposta para essa pergunta não esta dentro do Parlamento Municipal, mas fora dela. O inicio desse repugnante esquema de vereadores itapetinguenses de apropriarem de parte dos salários dos assessores parlamentares tem inicio nas eleições municipais.

A ‘rachadinha’ mais apropriadamente chamada ganhou notoriedade em esquema de assessorias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde deputados estaduais embolsam até 80% dos salários dos servidores comissionados. O esquema de ‘rachadinha’ é investigado pelo Ministério Público do Estado. No alvo das investigações está o filho mais velho do presidente da Republica, Flávio Bolsonaro.
  
As assessorias se tornaram ao longo dos anos uma espécie de cheque-pré-datado, para os candidatos a vereadores que negociam abertamente com pessoas interessada em se tornarem proprietários das vagas de assessores na Câmara de Itapetinga, durante quatros de mandato dos futuros ‘ardis’. Na esteira das negociações encontram se até agiotas.

Outra moeda de troca está a promessas dos candidatos, se caso sejam eleitos, seus correligionários teriam uma vaga garantida como assessor na Câmara de Itapetinga. Promessas em vão, já que os futuros vereadores só dispõem de 2 vagas para ofertarem, sendo impossível atenderem todas as demandas pós eleição.
  
Contrato de risco..
As negociações estabelecidas entre pessoas interessadas nas vagas de assessores parlamentares durante as eleições abriram o caminho de um contrato de risco imaginável, onde candidatos a vereadores lançam valores em dinheiro para manutenção de suas campanhas, em troca as assessorias, não importando que sejam os beneficiários. Segundo apuração de fontes e de ex-candidatos, agiotas do município são os mais interessado nas vagas.

Em troca de votos...
Outra jogada dos candidatos à vaga na Câmara Municipal de Itapetinga é bastante conhecida por parte da população do município, quando os pretendentes ao cargo parlamentar, começam a ofertar as assessorias em troca de apoio e votos. Promessas que dificilmente são cumpridas pelos candidatos já que se trata de apenas 2 vagas. Se eleito a maiorias dos correligionários ficam a vê navios, tornando impossível o cumprimento das promessas.

Se eleito é rachado...
Aos futuros interessados as vagas de assessores parlamentares, que sonham em perceber um salário de mais de R$ 2 mil reais mês, geralmente são alertados pelos seus candidatos, que em caso de confirmação nas urnas, os vencimentos seriam ‘rachados’, geralmente as porcentagens são definidos antes das urnas abrirem. O esquema fazem os futuros vereadores indicarem pessoas as vagas, sem terem o compromisso de trabalharem um dia se quer na Câmara.

A ‘rachadinha’ dos salários dos assessores entre parlamentares é alvo de investigação do Ministério Público de Itapetinga, que já requisitou todas as documentações a Câmara Municipal de Itapetinga para apuração. Em caso de confirmação vereadores e assessores responderão por Crime de Peculato. Segundo o Código penal brasileiro, em seu Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multas.