Bolsonaro sofre apagão e diz que 2019 foi um ano sem corrupção

Bolsonaro sofre apagão e diz que 2019 foi um ano sem corrupção

Tombo de Jair Bolsonaro, levou presidente a esquecer de esquemas de corrupção envolvendo filhos, ministro e ex-partido

Bolsonaro sofre apagão e diz que 2019 foi um ano sem corrupção
Presidente Jair Bolssonaro em mensagem natalina afirmou que o país viveu ano sem corrupção, ignorando envolvimentos dos filho, ministro e ex-partido (PSL) 

Difícil imaginar o que Jair Bolsonaro tentou passar para os facionados seguidores nas redes sociais quando decidiu usar a cadeia de televisão e rádio no natal, para anunciar que o Brasil não teve caso de corrupção em seu primeiro ano de governo frente à presidência da republica.

Para o presidente, 2019, foi um ano livre de corrupção. Isso, nas palavras do mandatário, que tentou passar uma imagem de um país das maravilhas sobre o seu comando.

Só que entusiasmo de Jair Bolsonaro foi pouco compartilhado entre os seguidores e simpatizantes nas redes, que percebeu que a mensagem natalina do presidente avançou o sinal da imaginação nos enroscos ilegais de familiares, ministro e seu ex-partido politico (PSL). Tudo em 2019.

No discurso gravado no Palácio do Alvorada e feito ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que vestia uma camiseta vermelha com a inscrição: "Jesus". Ele adotou um discurso religioso sobre uma carta magna que declara que a nação é laico.

Mensagem natalina do presidente em rede de TV e Rádio, ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro

A desastrosa mensagem anual que isentava o Brasil de mal feitos corruptos em 2019, suspeitas que ocorreu após tombo em banheiro, segundo entrevista em um programa de TV na Band, Bolsonaro afirmou que, na manhã desta terça-feira (24), ele não conseguia se lembrar do que havia feito no dia anterior. Ainda segundo o presidente, ele está bem e está voltando ao normal.

No apagão do presidente da republica, deu branco nos casos de corrupção envolvendo seus familiares com esquema de corrupção, ou melhor, dizendo ‘rachadinha’, além de ministro do seu governo carimbado com uso de laranjas para desvio de recurso público de forma ilegal supostamente para campanha do próprio Bolsonaro em 2018. 

A ‘rachadinha’, todos já ouviram falar, é uma prática em que Parlamentares contratam assessores para seus gabinetes com intuito de ficarem com parte dos salários de comissionados nos Legislativos.

Bem, no furacão 2019 de denuncias, está o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho 01, do presidente Jair Bolsonaro, é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como chefe de uma organização criminosa que atuou em seu gabinete no período em que foi deputado da Assembleia Legislativa do estado (Alerj). Entre 2003 e 2018, ele cumpriu quatro mandatos parlamentares consecutivos.

A estimativa é que cerca de R$ 2,3 milhões tenham sido movimentados em um esquema de "rachadinha", no qual funcionários do então deputado devolviam parte do salário que recebiam na Alerj. O dinheiro, segundo a investigação, era lavado com aplicação em uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e em imóveis. Curiosamente o MP do Rio, esclareceu em investigação que um policial envolvido nos esquema comprou mais de R$ 21 mil reais em chocolates em apenas um dia.

No pacotão 2019, em que Bolsonaro sofreu apagão de memoria, esqueceu que enfrentou o cerco sobre seu partido (PSL), no uso de candidaturas laranja para camuflar desvios de dinheiro para a candidatura própria do presidente. Entre o envolvido no esquema um ministro do seu governo. Diante da repercussão preferiu cair fora, antes que caldo entorna, tomando iniciativa de criar outo partido, o Aliança pelo Brasil’.

De quebra, Jair Bolsonaro viu, mas esqueceu após tombo em banheiro, de outra linha de investigação contra o filho ‘3’ esse conhecido como ‘príncipe problemão’, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC). O MP do Rio de Janeiro abriu procedimento investigatório após descobrir que familiares e amigos próximos do presidente da republica eram usado como laranjas e fantasmas para a prática da ‘rachadinha’.

Na amnesia presidencial o branco das suspeitas de corrupção que ronda o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), no laranjal do PSL, onde o ex-capitão afirmou que o primeiro ano de sua gestão termina sem “qualquer denúncia de corrupção”.

“Estamos terminando 2019 sem qualquer denúncia de corrupção. O mundo voltou a confiar no Brasil. O viés ideológico deixou de existir em nossas relações comerciais”, disse Bolsonaro, na mensagem de dois minutos e 45 segundos.

Bolsonaro, falou dos avanços do Brasil em seu governo, como números positivos na economia, queda da criminalidade e com aumento de turistas. Na mensagem, o presidente afirmou que o pagamento do 13° salário para os beneficiários do Bolsa Família, a Lei da Liberdade Econômica e as obras feitas pelo Exército demonstram os novos rumos do país. Mas não mencionou a explosão nos preços das carnes, combustíveis, energia, cesta básica principalmente com a desoneração de produtos que compõem a cesta, além de outros reajustes de preços.

Como esclareceu a coluna Ancelmo Gois, O Globo, Bolsonaro e os três filhos cresceram na política fazendo, com sucesso, uma espécie de sindicalismo militar. Nesse tempo, conviveram com todos desse meio, de gente boa até a banda podre da polícia (formada por facínoras e milicianos). E que isso seria fato real.

Com o tombo, o presidente aparentemente sofreu perda de memoria. Porém em seu discurso natalino ele só sofreu lapso de fatos ruins que só interessa a ele mesmo.