Ministério Público do Rio fecha cerco sobre os esquemas de 'rachadinha' de Flávio que em breve deve atingir seu irmão Carlos Bolsonaro.
Senador Flávio Bolsonaro, Presidente Jair Bolsonaro e o vereador pelo Rio Carlos Bolsonaro |
Após STF (Supremo Tribunal Federal) liberar as investigações que tenham usado, sem autorização judicial, dados de órgãos como Receita Federal e UIF (novo nome do Coaf) no caso Flávio Bolsonaro (sem partido). O Ministério Público do Rio avança perigosamente sobre os esquemas de ‘rachadinha’ do filho do presidente da republica.
O cerco desta quarta-feira (18), sobre os ex-assessores incluindo o articulador do esquema de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o ex-motorista Fabrício Queiroz, levou o presidente da republica Jair Bolsonaro a reagir contra ação do MP do Rio culpando o atual governador do Estado Wilson Witzel, pela investida contra o seu filho mais velho.
Além do presidente, aliados do senador Flávio Bolsonaro no Congresso Nacional, saíram em defesa do filho 01, atribuíram a investida a uma suposta retaliação do governador do Rio, que havia sido citado pela PF um dia antes sob a suspeita de caixa dois. Um dos colaboradores da operação Calvário relatou ter pago R$ 115 mil à campanha de Wilson Witzel.
As últimas divulgações do Ministério Público, com diálogos que ajudaram a embasar a operação estavam no celular de Danielle Mendonça, apreendido durante a operação os Intocáveis, que investigou a atuação de milicianos na Zona Oeste do Rio. Além de ex-assessora do gabinete de Flávio Bolsonaro, Danielle é ex-mulher de Adriano Nóbrega, acusado de pertencer ao grupo de extermínio Escritório do Crime, e foragido desde o ano passado. Numa das mensagens, Fabrício Queiroz envia para Danielle o contracheque dela, para que fizesse seu imposto de renda. É um indício, segundo o MP, de que ela sequer comparecia ao gabinete para trabalhar. Segundo O Globo.
Para joga de vez à abatida reputação do senador do Rio na lama, o MP afirmou que Flávio tenha usado uma loja de chocolates e outros imóveis para lavar o dinheiro do esquema de ‘rachadinha’. O motorista Fabrício Queiroz teria recebido, segundo os investigadores, R$ 2 milhões de 13 assessores de Flavio durante 11 anos.
As suspeitas do Ministério Público do Rio sob o filho 01 é apenas uma ponta do iceberg nos esquemas de ‘rachadinha’ dos Bolsonaros. Em outra investigação o filho considerado problemático do presidente, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), é alvo do MP em prática de ‘rachadinha’ no uso de parentes com assessores laranja e fantasmas com intuito de em bolsar parte dos salários de suas assessorias. As investigações esta sobre segredo de justiça.
A prática da ‘rachadinha’ não é apenas um privilegio dos filhos de Jair Bolsanaro, o próprio presidente e suspeito, quando deputado federal, usar laranjas para a mesma prática ilegal. O caso mais famoso é de uma vendedora de açaí, Walderice Santos da Conceição que matinha comercio na praia onde o presidente tem uma casa de veraneio. A loja que leva seu nome, “Wal Açaí”. Wal nunca deu expediente na Câmara dos Deputados. Após o escândalo o então deputado Jair Bolosnaro mandou demiti-la. As investigações não seguiram devido à eleição que o levou para o Palácio do Planalto, Bolsonaro tem agora ‘foro privilegiado’, investigação só com autorização da Câmara dos Deputados.
A sobrevivência politica de Flávio Bolsonaro, após pesada investida do Ministério Público, vai depender do silencio do articulador das ‘rachadinhas’, Fabricio Queiroz e seus ex-assessores de gabinetes. O que todos já sabem que muito breve o MP deve requisita a justiça à prisão de todos os envolvidos menos Flávio por deter ‘foro privilegiado’.
O refresco nas investigações devido o natal e ano novo pode levar o senador tomar um suco amargo em janeiro do próximo ano com novas revelações que deixará o futuro cada vez mais incerto do senador.