Investigações avança sobre os filhos do presidente Bolsonaro por esquema de corrupção e fake news.
Senador Flávio Bolsonaro (sem partido RJ) e o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) |
Após a eleição 2018, os filhos de Jair Bolsonaro viveram no céu das bajulações com o pai presidente da republica do Brasil. Políticos relatam que para se aproximar do chefe do clã era preciso passar pelos três filhos: Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro, esse, mais conhecido como Carluxo o filho problema do presidente.
No auge, o trio chegava a desdenhar dos políticos tradicionais e impor regras rígidas ao qualquer agente público que queira falar com o presidente. Na época Flávio, Eduardo e Carluxo gozavam de ampla credibilidade nas redes sociais. Foram até chamados de príncipes pela milícia digital.
Mas com o passar do tempo, ou meses, o céu fechou as porta para os filhos de Bolsonaro e os lançaram direto para o inferno. Pelo jeito, sem extrema unção e sem possibilidade de redenção pelos pecados cometidos. Pecados esses, chamado de “corrupção”, os quis eles [filhos] prometeram jamais se renderem.
Os filhos eleitos do clã Bolsonaro na eleição de 2018, Flávio e Eduardo, um para Senado Federal outro para Câmara dos Deputados, tiveram histórias parecidas. Foram bem votados no Rio e São Paulo, com discurso lavajista anticorrupção, e se deram muito bem. Meses depois, se descobre que entre o discurso e a realidade de caráter há uma distância assustadora.
Senador Flávio Bolsonaro (sem partido/RJ), anda brigando na justiça para não avançar as investigações que o acusa de esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O esquema, a prática da ‘rachadinha’, quando exercia o mando de deputado estadual, que consiste em reter parte dos salários dos assessores parlamentares de gabinete. Suspeita que Flavio elevou seu patrimônio com esquema, com ajuda do ex-policial Fabricio Queiroz considerado amigo da Família Bolsonaro.
Na semana passada, Flávio Bolsonaro recebeu um duro golpe no Caso Queiroz, após o STJ (Superior Tribunal de Justiça), negar o recurso da defesa do senador. O ministro Felix Fischer do STJ decidiu manter o avanço das investigações por encontra fortes indícios de materialidade e autoria de crimes. Na última sexta-feira (18), Fischer rejeitou o pedido da defesa de Flávio, que pretendia parar a investigação.
Já o filho 3, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), tem um acerto de contas dentro do Congresso Nacional, com a CPI das Feke News. A Comissão Parlamentar de Inquérito identificou um computador do gabinete do deputado Eduardo, foi usado para criar uma página de ataques virtuais a adversários políticos.
CPMI quebrou o sigilo do perfil “Bolsofeios”, no Instagram, e recebeu o documento do Facebook. A página “Bolsofeios” foi criada a partir de um IP de dentro da Câmara. O IP é um número único usado para identificar computadores em uma rede. O e-mail vinculado à página é usado por Eduardo Guimarães, secretário parlamentar do deputado Eduardo Bolsonaro.
Temendo perda de mandado, Eduardo Bolsonaro recorreu ao Supremo Tribunal Federal, para impedir a prorrogação da CPI das Fake News, e tenta ao mesmo tempo anular o depoimento da líder de seu partido PSL, deputada Joice Hasselmann. Em dezembro de 2019, ela acusou os filhos do presidente Jair Bolsonaro de comandarem uma rede de ataques virtuais conhecida como Gabinete do Ódio e usada para espalhar mensagens falsas contra desafetos da família Bolsonaro. Na ocasião, Joice Hasselmann falou sobre a ligação do site com o assessor do deputado.
Deputado federal Eduardo Bolsonaro na CPI da Fake News. Imagem O Globo. |
O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes, a quem caberá analisar o pedido para que também sejam anuladas reuniões da CPI realizadas em dezembro do ano passado.
Congressistas acreditam não prosperará o pedido do filho 3 do presidente, na Suprema Corte. A CPI das Feke News quer concluir seus trabalhos em Agosto. E acredita que há fortes indícios que Eduardo está por trás dos ataques ao disseminar noticias falsas, que caracterizaria quebra de decoro parlamentar, sujeito a cassação de mandato.
Vereador Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro |
Enquanto a Carluxo, [Carlos Bolsonaro] aguarda as investigações do Ministério Público do Rio sobre esquema de laranjas para a prática da ‘rachadinha’. Mesmo crime de seu irmão Flávio. As investigações estão sobre sigilo. Vereador Carlos (PSC-RJ), é acusa de usar parentes como assessores laranja e reter parte dos salários dos comissionados na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.