Bolsonaro desanima seguidores ao barganhar com mensaleiros e réus na Lava Jato

Bolsonaro desanima seguidores ao barganhar com mensaleiros e réus na Lava Jato

Nas redes, bolsonaristas constrangidos com notícia que o presidente baganha cargos com líderes partidários acusados de corrupção.

Bolsonaro desanima seguidores ao barganhar com mensaleiros e réus na Lava Jato
Em busca de apoio no Congresso Nacional, Jair Bolsonaro quebra promessa com seguidores e baganha cargos com líderes partidário acusados e condenados por corrupção na Lava Jato e Mensalão do PT.


“Diga-me com quem andas e te direi quem és!”, a frase é histórica, mas ninguém sabe exatamente de onde veio. Na Bíblia como provérbio, é fragmentada, e só ganha consistência como ‘dito popular’.

A frase em si, se tornou clássica como um alerta para nos afastarmos da má influência das companhias e não seguir as orientações destes maus companheiros. Como forma de evitar constrangimentos, para nós e para as pessoas.

O provérbio ganha enorme significado quando é aplicado no governo de Jair Messias Bolsonaro. O presidente da republica que desde que chegou ao poder prometeu jamais negociar cargos com políticos da ‘velha política’.

A tática do expurgo a líderes da ‘velha política’ era uma maneira de o presidente manter seus seguidores sobre ótica de que não negocia com a patifaria de políticos corruptos do Congresso Nacional, e que seu governo é incorruptível assim como ele [Bolsonaro] e seus filhos.

Só bastou uma pisa de bola feia de Bolsonaro, em ato antidemocrático para mudar drasticamente de opinião. Ao ser indagado sobre as negociações com líderes do ‘Centrão’, o presidente não descartou barganhar cargos do governo com políticos acusados, réus e condenados por corrupção.

Na entrada do Palácio da Alvorada, na quarta (22), onde parou para cumprimentar simpatizantes, o presidente disse não saber se manterá a atual política de preenchimento de cargos de segundo e terceiro escalões do governo.

"Não sei, pô", afirmou. "Todo mundo que está em Brasília tem um passado político. Foi filiado, foi simpático ou já trabalhou em algum governo.", disse Bolsonaro.

Não era exatamente que sua ‘milícia digital’ e seguidores queria ouvir, já que havia promessa que jamais seu governo iria se aliar a políticos acusados de corrupção. A nova estratégia de Bolsonaro coloca o seus seguidores em uma sinuca de pico, após 16 meses disseminando nas redes sociais, arroubo retorico do presidente de jamais barganhar cargo em troca de apoio.

Com real possibilidade de impeachment após desastrada presença em ato criminoso que pedia a volta da ditadura militar e o fim da democracia, hoje, investigado pela Suprema Corte (STF), Bolsonaro viu sua cadeira presidencial ser ocupada pelo seu vice-Mourão. Como seu foco é a continuidade no poder, teve de corre contra o tempo para preencher as lacunas vazias na falta de apoio no Congresso Nacional. Mesmo que para isso, barganhar com condenados e presos no escândalo do Mensalão do PT e réus acusados de corrupção na Operação Lava Jato.

A notícia da barganha caiu como uma bomba no colo da ‘milícia digital’, que em rápida navegação nas redes sociais, observa o minguar de defensores bolsonaristas. O que deve obrigar o ‘gabinete do ódio’ comando por Carlos Bolsonaro a agir para conter o estrago e o desanimo dos seguidores, que terão de acostumar ao vê à imagem de seu ‘Mito’ com figuras como, Roberto Jefferson, Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira, Gilberto Kasab, Arthur Lira e outros acusados de corrupção.

O cardápio não será nada apetitoso para os bolsonaristas que terão duas opções, se calar ou trocar de ‘Mito’, para não serem comparados a petistas