Bolsonaristas que xingaram ministro do STF serão transferidos para presídio

Bolsonaristas que xingaram ministro do STF serão transferidos para presídio

Justiça paulistana decretou a prisão preventiva de dois bolsonarista que insultaram e ameaçaram o Ministro Alexandre Moraes. 


Antonio Carlos Bronzéri e Jurandir Alencar cumpre pisão preventiva e serão transferidos para um presidio paulistano.


Antonio Carlos Bronzéri e Jurandir Alencar são considerados bolsonaristas patriotas de sangue puro. Suas ideias de extrema-direita levam acreditar que a única saída para o Brasil é a volta da ditadura militar sob comando do presidente Jair Bolsonaro, em regime absolutista, sem Congresso Nacional e Judiciário.

Com pensamento tosco sobre diretos democráticos, os dois manifestantes bolsonaristas acharam se no direito de inflar seguidores fanáticos do presidente e seguirem para casa de uma autoridade máxima do judiciário, disparando insultos, e acreditarem que não haveria consequências.

Bronzéri e Alencar participaram de um protesto em frente ao prédio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em São Paulo, e foram presos pela polícia de São Paulo ao usarem um carro de som para ofender e ameaçar o ministro da Corte, há duas semanas.


Bolsonarista Antonio Carlos Bronzéri mentor do protesto frente a casa do Ministro do STF, Alexandre Moraes


Após o ato, os bolsonaristas foram presos a primeira vez no dia 2 de maio e liberados depois de pagar fiança. Eles tinham que cumprir medidas cautelares, entre elas não sair de casa. Mas foram vistos nas ruas, inclusive em uma manifestação contra a quarentena paulistana.

Com a desobediência judicial, a juíza plantonista Ana Carolina Mascarenha, decretou a prisão preventiva dos fanáticos seguidores do presidente, sob o argumento de “garantir a ordem pública”.

O mandado de prisão expedido contra Bronzieri  e Alencar diz que eles desrespeitaram o regime de liberdade provisória ao qual haviam sido submetidos.

Eles são investigados num inquérito da Polícia Civil por crimes de desobediência, infração de medida sanitária e incitação ao crime. A prisão teria sido efetuada após “investigação criteriosa, campana e infiltração de agentes em acampamento do movimento por eles liderado”, situado na frente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), conforme ofício do delegado Fernando Cesar de Souza.

Na última terça-feira, 12, eles se tornaram réus na Justiça paulista pelos delitos de ameaça, difamação, injúria e perturbação do sossego mediante uma denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo.

Antonio Carlos e Jurandir foram levados para uma delegacia e devem ser transferidos para um presídio, que deve ocorre neste domingo (17). 

A Defensoria Pública pediu a libertação dos dois réus. Afirmou que eles não descumpriram a ordem de ficar em casa porque moram nas barracas de um acampamento em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo.

A defesa dos radicais bolsonaristas disse que há arbitrariedades em todo o processo, mas não apontou as falhas processuais do caso.