Moraes abala o bolsonarismo e colocar abaixo a figura do 'Mito'

Moraes abala o bolsonarismo e colocar abaixo a figura do 'Mito'

Operação da PF a mando de Moraes abalou o bolsonarismo como também aranhou a imagem de Bolsonaro como o do poderoso "Mito".

  

Moraes abala o bolsonarismo e colocar abaixo a figura do Mito
Com a Policia Federal no calcanhar de bolsonaristas que comandavam a milicia digital. O presidente tem perdas irreparáveis no maior campo eleitoral, as redes sociais.


“Matar dois coelhos com uma só cajadada” significa arrumar com proveito dois assuntos ao mesmo tempo. Esta expressão popular nunca fez tanto sentido, com o que ocorreu na manhã do dia 27 de maio. Quando o Ministro da Suprema Corte (STF), Alexandre de Moraes autorizou mandados de busca e apreensão contra aliados do presidente Jair Bolsonaro, que comandavam uma organização criminosa nas redes sociais para disseminar ódio e atacar instituições.

A operação da Polícia Federal, que atingiram seguidores próximos do presidente da republica, provocou uma rachadura de proporção épica no escudo de proteção bolsonarista, que até então achavam impenetrável. Os fanáticos acreditavam que o seu ‘Mito’ era tão poderoso que poderia desafiar qualquer poder da republica e de quebra protege-los contra ataques externos como a do Judiciário.

A falsa proteção prometida pelo clã Bolsonaro, estimulava seguidores fanáticos do presidente a irem às ruas agredirem e promoverem atos antidemocráticos pedindo fechamento do Congresso Nacional e Judiciário, através de um Ato Institucional, conhecido como AI-5, como o decretado no Regime Militar nos anos de ferro da ditadura 60 e 70 no País.

O rompante de Jair Bolsonaro e dos seus filhos encrencas, sempre que possível transmitiam aos seus seguidores a imagem de um presidente intocável pelos poderes republicanos. Na balada do ‘todo poderoso’, é que figuras de ideologia de direita-extrema novidade desde a redemocratização do País, sugiram com ideias radicais capazes de desafiar qualquer autoridade pública sem quer nada acontecessem a essas emblemáticas figuras.

Isso, até ontem (27), quando o Ministro Alexandre Moraes, pôs fim nas ações criminosas da tropa de choque do presidente nas redes sociais. A milícia digital a serviço dos Bolsonaros viram toda sua estrutura ruir em apenas um dia com mandatos de busca e apreensão expedido pelo STF e executado pela Polícia Federal (PF) no inquérito das Fake News.

A deflagração da operação policial expos até o momento, integrante da classe empresarial, blogueiros, deputados federais e estaduais, ativista e presidente de partido. Todos visitados pela PF, com a cordialidade do Ministro do STF, que determinou o recolhimento de bens como celulares, computadores e documentos que possa provar que essa turma andou motivando ataques nas redes.

Mas para articular tamanha demanda em ataques virtuais e fazer a maquina da desinformação funcionar com eficiência nos disparos em massa, uso de robôs e impulsionamento de conteúdo falsos, requer dinheiro, muito dinheiro. Segundo a CPI das Fake News no Congresso Nacional, para que cada disparo chegue para milhões de pessoas, o custo é avaliado em a proximamente R$ 20 mil reais por postagem.

Empresários suspeitos de financiar ataques as instituições da republica nas redes sociais.

A estrutura é então profissional, que depende de apoio financeiro para gerar resultado desejado. A partir daí, entra em campo a turma empresarial. Os caras da grana, como os empresários Luciano Hang, dono das lojas Havan; Edgard Gomes Corona, fundador e CEO da rede de academias Smart Fit; o humorista Reynaldo Bianchi Júnior (conhecido como Rey Bianchi); e Winston Rodrigues Lima, criador do Bloco Movimento Brasil e dono do canal do Youtube ‘Cafézinho com Pimenta’. Parte deles integram o Brasil 200, que se apresentava como um movimento liberal. Por trás da fachada reformista, estimulavam ataques a parlamentares, juízes e jornalistas.

Na organização criminosa, a também a raia miúda, como a malucada ativista Sara Winter, que andou ameaçando e desfiando o Ministro do STF Moraes, e o blogueiro Allan dos Santos que vem faturando alto no seu site Terça Livre, com verbas publicas, aponto de alugar uma mansão em uma requintada quadra em Brasília. 

Sara Winter, que coloca Jair Bolsonaro nos pedestal dos Deuses, não gostou da visita da Policia Federal, e disparou nas redes sociais ataques com xingamentos e ameaças ao Ministro do Supremo. Witer desafiou Moraes a prendê-la. Deputados bolsonarista, fez chegar a ativista recado para que ela baixe a bola, ou de fato será presa. O recado dos políticos bolsonarista chegou tarde, Moraes enviou o caso da esquentadinha ativista para PGR, que deverá encaminhar para o Ministério Público Federal de São Paulo. Jurista consultado afirma que a prisão de Sara pelos insultos e questão de tempo, já que ele não tem foro privilegiado o pedido de prisão deve vim da 1ª instância do judiciário paulistano.



O único alento para reverter o abalo na estrutura bolsonarista e recuperar a imagem do todo poderosos ‘Mito’, perdida em meio as Fake News. É que o STF acate o pedido do submisso procurador geral da republica Augusto Aras que requer a suspensão do inquérito. O que é pouco provável que isso ocorra, já que o inquérito tem apoio de todos os ministros da Corte.

Bolsonarismo se perde em meio ao palavões do  Jair Bolsonaro, a tal ponto de explorar xingamentos dito pelo presidente.
A operação da Polícia Federal, não chega ao ponto de desarticular por completo a organização criminosa das fake News a serviço do presidente da republica. Mas, o primeiro e gigantesco passo foi dado com a desmoralização pública daqueles que se sentiam intocáveis por serem bolsonaristas.