Sem o pai para acalmar os ânimos, prefeito Eduardo Hagge precisa de uma guinada radical na política itapetinguense se quiser sobreviver ao próprio governo e ao clã que o criou.
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| Morte de Michel Hagge (MDB) dificulta reaproximação de Eduardo Hagge (MDB) com grupo gabiraba criado pelo pai. |
Sem o pai, prefeito de Itapetinga se tornou refém de uma trupe tóxica e agora precisa correr atrás das próprias alianças para não naufragar no próprio mandato.
Sacos de sal grosso não serão suficientes para dar um banho de descarrego na Prefeitura de Itapetinga. O lugar está contaminado por “aliados” que trazem mais desassossego e infortúnio do que a tranquilidade mínima para governar uma cidade administrada pelo clã Hagge, em períodos intercalados nos últimos 43 anos.
Desde que sentou na cadeira de prefeito, Eduardo Hagge (MDB) coleciona trincas em todas as frentes. Brigou com seu mentor político e sobrinho, o ex-prefeito Rodrigo Hagge. Brigou com a base de vereadores e, pasme, com seu próprio partido, ao dar cargo a quem votou contra ele. A vida pessoal também entrou na roda-viva: separou-se da mulher após levar um “chapéu de coro” público.
A morte do velho Gabiraba é uma perda muito maior para o prefeito Eduardo do que para Rodrigo Hagge (Click Aqui)
Na administração, a tática tem sido a demissão sumária. Primeiro, foram os aliados do sobrinho Rodrigo. Depois, uma leva de indicados políticos, especialmente dos vereadores do MDB e aliados, enquanto mantinha os cargos de antigos opositores.
Mas a lealdade cega aos seus novos conselheiros o fez meter os pés pelas mãos. Deixou que sua nova turma enviasse uma carta em seu nome ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) para interferir em um julgamento no TSE contra um vereador de oposição. Assinou contratos milionários para ajudar empresa amiga do secretário de governo, Geraldo Trindade. E, sob a mesma batuta, selou um “contrato de conveniência” com empresa do presidente do DC, Gildásio Queiroz, um acordo para não prestar serviço algum, apenas embolsar a grana pública, com uma ajudinha do presidente da Câmara, Luciano Almeida (MDB), que fez o mesmo que o executivo contratar, o Queiroz.
Enfim, algumas cositas más ... se é que me entendem.
Para completar o serviço de auto-sabotagem, Hagge chutou o pau da barraca. Declarou independência do sobrinho que o elegeu e ainda o ameaçou, condicionando apoio a uma traição a ACM Neto (União Brasil) em favor do governador petista. Tudo isso confiando cegamente em duas figuras que se tornaram seus primeiro-ministro: Geraldo Trindade e o “conselheiro mor” Gildásio Queiroz, este, lembra? O suposto publicitário dos contratos. Nos bastidores, a dupla é conhecida pelos apelidos sugestivos de “come quieto” e “come feira”.
Morte de Michel leva Gabirabas para UTI, mas Rodrigo Hagge deve respirar votos da comoção (Click Aqui)
Eduardo Hagge não terá vida fácil se continuar sob as áureas dessas figuras que, até aqui, só o ensinaram a andar em linhas tortas e a se queimar politicamente.
A morte do pai, o velho Gabiraba, tira do prefeito seu último esteio familiar e expõe sua solidão política. A saída, agora, é trocar na ponta para sobreviver. Ele precisa abrir um canal com a base de seguidores do pai, os que restarem dos gabirabas e, claro, engolir o orgulho e se reaproximar do sobrinho Rodrigo Hagge, que hoje está mais próximo da líder opositora Cida Moura do que dele.
A morte do velho Gabiraba é uma perda muito maior para o prefeito Eduardo do que para Rodrigo Hagge (Click Aqui)
Terá que demitir a “porcaria” de auxiliares que o prejudicam e remodelar a assessoria com gente capacitada que saiba falar a língua dos vereadores. Precisará reafirmar alianças com candidatos a deputado, sejam o de sua escolha, seja do deputado federal Antônio Brito, que tem um grupo atuante localmente.
Em resumo, é hora de deixar a vaidade de lado e entender uma verdade básica da política: sozinho, nem Gabiraba fazia uma Prefeitura, que dirá um prefeito.
Agora, vocês entendem porque ex-prefeito Rodrigo Hagge está se alinhado a Cida Moura? Azar do Tiozão!!!
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