Carlos e o 'gabinete do ódio' são os próximos alvos de Moraes

Carlos e o 'gabinete do ódio' são os próximos alvos de Moraes

Moraes deve autorizar a PF a fechar o cerco ao "gabinete do ódio", e seu principal articulador, Carlos Bolsonaro.


Carlos e o gabinete do ódio são os próximos alvos de Moraes
O filho do presidente da republica, Carlos Bolsonaro deve ser os proximos alvos da operação da Policia Federal contra as fake news. 

O estrago nas fileiras bolsonaristas com a primeira operação da Policia Federal contra as Fake News, autorizado pelo Ministro Alexandre de Moraes do STF, desidratou a raia miúda da milícia digital nas redes sociais. Com a segunda, preste a entrar em operação, deve atingir de cheio o coração do Palácio do Planalto, que mira no ‘gabinete do ódio’ e o articulador-chefe das Fake News, Carlos Bolsonaro, o Carluxo, filho 02 do presidente da republica.

Ao determinar medidas contra políticos, empresários e ativistas bolsonaristas na quarta (27), o ministro Alexandre de Moraes (STF) citou a suspeita de participação do chamado "gabinete do ódio" (grupo de servidores lotados na Presidência da República) em um esquema para disseminar notícias falsas e ofensas contra autoridades e instituições, entre elas a própria corte.

Carlos já é investigado pela PF sob a suspeita de ser o principal líder do grupo que monta notícias falsas e age para intimidar e ameaçar autoridades públicas na internet. A Polícia Federal também investiga a participação de seu irmão Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de SP.

O cerco sobre o “gabinete do ódio”, grupo de assessores palacianos, comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), deve concluir a fase mais delicada das operações contra a milícia digital bolosnarista. Afinal, se trata do filho 02 do presidente Jair Bolsonaro. Esse, já prever o avanço das investigações, atingir seu filho Carlos. Não foi atoa que o levou aos berros na porta do Palácio da Alvorada. 

Em frente da residência oficial do presidente, Bolsonaro criticou fortemente a operação. Em um dos momentos de sua fala, disse que "as coisas têm um limite". Sem citar nomes, usou um palavrão para dizer que não vai mais admitir "atitude de certas pessoas, individuais".

"Acabou, porra! Me desculpem o desabafo. Acabou! Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando de forma quase que pessoal certas ações." E acrescentou "Ontem, foi o último dia”.

As ameaças veladas do presidente Bolsonaro, pelo jeito só foram ouvidos pelos seus seguidores fanáticos. No Supremo Tribunal Federal (STF), o clima foi de uma inédita união entre os ministros da Corte, favorável ao desmonte da milícia digital bolsonarista. Prova disso, foi à tentativa de blindagem do presidente pelo Procurador-geral da republica Augusto Aras, que pede a paralização do inquérito das Fake News na Suprema Corte, gesto do procurador que já é visto com desconfiança pelos membros do STF.

Desde que assumiu o comando da Procuradoria-geral da Republica (PGR) em setembro de 2019, Aras vem tomando uma série de medidas que atendem aos interesses de Jair Bolsonaro. Pelo jeito, o procurador-geral quer a todo custo que Moraes pare o cerco contra o "gabinete do ódio" que até agora atingiu empresários, blogueiros, youtubers bolsonaristas e políticos aliados, e deve agafanhar o filho 02 do presidente, Carlos Bolsonaro. 

A manobra de Aras em tentar frear a operação da PF contra os bolosonaristas fez sentido após a fala do presidente Jair Bolsonaro de que o procurador-geral da República, é cotado para uma eventual vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A promessa para novo cargo na Alta Corte levou setores do Ministério Público Federal a temerem que esse movimento de Bolsonaro cause forte desgaste para a imagem da instituição.

“Essa fala do Bolsonaro, oferecendo a vaga ao Aras, é algo de inacreditável. Enfraquece muito a PGR e coloca sob suspeição as investigações que podem atingir o presidente. Aras deveria ficar distante dessa relação política”, criticou um experiente subprocurador da República na coluna Gerson Camarotti/ Portal G1.

Há enorme expectativa que na próxima semana o ministro Alexandre de Moraes, coloque a Policia Federal nas ruas. A fase 2 da Operação contra as Fake News, já causa inquietação no ninho bolsonarista, e deve elevar o tom das criticas do presidente Bolsonaro contra Moraes e o STF. 

Uma investida policial contra Carluxo deve desbaratar o esquema ilegal montado pelo filho 02 do presidente nas redes sociais, que já registra queda brusca no Twitter no sistema de disseminação de informações feita artificialmente por meio de perfis alugados e falsos após operação contra as Fake News.

O presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta perda acentuada de  popularidade com alto indices de reprovação por conta do desgoverno na pandemia do novo coronavírus. A operação autorizada por Moraes, só contribuiu para aprofundar, ainda mais o desgaste, que ao perder seu disseminadores de noticias falsas, fica exposto e sem defesa de suas ações amalucadas. Pelo jeito, a única saída de Bolsonaro e agraciar o Procurador-geral, para livrar ele [Bolsonaro] e sua cria problema, o Carluxo de acusações futuras.