Após mudanças na Policia Federal, deputados bolsonaristas tem informações de operação no Rio 24hs antes.
Na imagem; Governador do Rio, Wilson Witzel, deputada federal Carla Zampelli e o braço direito do bolsonarismo, deputado Felipe de Barros. |
Uma operação da Policia Federal do Rio de Janeiro, que apurar desvio de dinheiro público na saúde do Estado durante a pandemia, tendo como alvo o governador Wilson Witzel (PSC-RJ), tinha de tudo para virar manchete principal nos sites de jornais do país, se não fosse os deputados bolosnaristas do PSL do Carla Zampelli (SP) e Filipe de Barros (PR), que haviam anunciado com 24hs de antecedência a operação da PF.
Os deputados Carla Zambelli e Filipe de Barros figuras próximas do presidente da republica, demonstraram ter informações privilegiadas sobre investigações da Polícia Federal, ao antecipar ontem 25, em entrevista à Rádio Gaúcha, outro, na rede social, que a PF estava prestes a deflagrar operações para investigar irregularidades cometidas por governadores nos gatos na pandemia do Covid-19.
Seu Sérgio diz que @jairbolsonaro não teve compromisso com a pauta de combate à corrupção.— Filipe Barros (@filipebarrost) May 25, 2020
Mais uma vez, os FATOS desmentem sua narrativa mentirosa.
Bastou sair do Ministério da Justiça que a Polícia Federal voltou às ruas em operações de combate à corrupção, agora no COVIDÃO.
Na “Operação Placebo”, que atinge o governador Wilson Witzel, um dos principais desafetos do presidente Jair Bolsonaro. A polícia Federal teve equipes vindas de Brasília, e uns dos alvos das busca e apreensão foi à residência oficial do governador, Palácio das Laranjeiras, e no Palácio Guanabara, sede do governo do estado. A finalidade é a apuração dos indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência em razão da pandemia no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo ministro Benedito Gonçalves do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Depois de agentes da Polícia Federal terem cumprido mandados de busca e apreensão em suas residências, o governador Witzel, afirmou que a operação comprova a interferência do presidente Jair Bolsonaro no órgão. “A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada”, diz governador.
Agora, a pergunta que não quer calar, “Quem vazou a Operação da Polícia Federal para dos deputados bolsonaristas?”. Nos bastidores do Congresso Nacional, diante repercussão não da operação, mas do vazamento, dedos apontaram para novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, antes o número 2 da Agencia de Inteligência (Abin) e homem de confiança do delegado Alexandre Ramagem impedido de assumir a direção da PF, pelo ministro STF Alexandre de Moraes.
Um dos primeiros atos do novo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre, foi mudar o comando da Superintendência da PF no Rio, justamente o foco de interesse do presidente Jair Bolsonaro e que gerou atritos entre ele e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. A opção foi pelo delegado Tacio Muzzi Carvalho e Carneiro foi nomeado nesta segunda-feira (25) no Diário Oficial da União para assumir o cargo de superintendente regional de Polícia Federal no Rio de Janeiro.
O estranho, que após Muzzi assume o cargo de superintendente no Rio, os deputados Bolosonaristas, tiveram informações que uma operação da Polícia Federal iria atingir governadores em especial o do Rio de Janeiro, Witzel, adversário político do presidente da republica.
Novo Superintendente da Policia Federal do Rio de Janeiro Tacio Muzzi Carvalho e Carneiro. |
As trocas no comando da Policia Federal, desejado por Bolsonaro, deve reforçar ainda mais as evidencias que recai sob o presidente Bolsonaro, que esteja interferindo no órgão, para obter informações privilegiadas de inquéritos que envolva pessoas investigadas como familiares, amigos e adversários.
Nos próximos dias as suspeitas de vazamento na Polícia Federal deve complicar a vida do presidente Bolsonaro, que chegou a declarar que tem uma rede de informações particular que funciona, como havia dito em reunião ministerial em 22 de abril. Certo, é que nenhum delegado federal ousaria a vazar para deputados uma operação da PF, sem que essas informações viessem de um alto cargo do governo Federal. Quem vazou?