Comprovado que a hidroxicloroquina não funciona. Agora é saber o que Itapetinga fez com o lote do medicamento que recebeu.
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| Secretário de Saúde de Itapetinga recebeu, em 13 de julho, um lote do medicamento hidroxicloroquina, das mãos médica Raíssa Soares, de Porto Seguro. |
Após o maior estudo brasileiro coordenado por 55 hospitais privados do país apontou que a hidroxicloroquina, não tem eficácia no tratamento de pacientes com covid-19. Diante da comprovação, surge a pergunta que não quer calar, qual o destino da hidroxicloroquina que Itapetinga recebeu das mãos da médica bolsonarista, Raissa?
Na primeira quinzena de julho a Prefeitura de Itapetinga enviou para Porto Seguro o secretário de saúde Hugo Souza para recebeu um lote do medicamento hidroxicloroquina. Isso, através de contato com a médica Raíssa Soares, na cidade do descobrimento, que ganhou protagonismo quando implorou ao presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, quem enviasse a droga para Bahia para salvar pacientes com covid-19. O presidente atendeu ao pedido da médica e enviou lotes dos comprimidos.
Tentando pongar na carona do protagonismo da médica bolsonarista, que ganhou as redes, o prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB) não perdeu tempo, queria seu minuto de fama, e determinou a Secretaria de Saúde elaborasse uma protocolo para tratamento de pacientes internados que envolve, o uso de hidroxicloroquina. E o pior, que esse protocolo envolvesse tratamento de pacientes em domicílio.
De acordo com o estudo de cientistas brasileiros, publicada, na renomada revista científica internacional The New England Journal of Medicine, alertou que grupo de pacientes que fez uso dos medicamentos, foram mais frequentes alterações nos exames de eletrocardiograma e de sangue que representam maior risco de arritmia cardíaca e lesões no fígado. Agora imagine se esse protocolo domiciliar sugerido pelo prefeito Hagge, estive em andamento no município, quantas pacientes de covid com sintomas leves e moderados estão correndo risco de vida pelo uso do medicamento.
O medicamento ganhou fama no Brasil, com o presidente Jair Bolsonaro, que criou sua própria tese cientifica, isso sem ele ser médico, que a indução do uso da cloroquina e de seu derivado, a hidroxicloroquina, no combate ao coronavírus seria a salvação do país na pandemia. Com absurda tese de Bolsonaro, milhares de seguidores ignoraram a ciência e acreditaram no presidente. Agora, com covid-19 a credibilidade do presidente anda abalada após constatar que na terceira testagem ele ainda está com o vírus, mesmo fazendo uso da hidroxicloroquina.
Em publicação o IDenuncias havia alertado para as consequências do uso da hidroxicloroquina em Itapetinga que poderia acelerar mortes de pacientes com Covid. Mas tudo leva a crer que mesmo sem a comprovação cientifica, há 10 dias, o medicamento pode ter sido distribuído para pacientes com a doença. Já que o prefeito Hagge tinha apoio de bolsonaristas itapetinguenses e de médicos que são capazes de receitar além de hidroxicloroquina um medicamento de uso de combate a parasita em animais e seres humanos como a Ivermectina. Esse medicamento para vermes já foi excluído de protocolo de estudo da Organização Mundial da Saúde.
Diante de comprovação da ineficácia e risco a saúde de pacientes com covid-19, com o uso da hidroxicloroquina, as autoridades do município precisam esclarecer o que fez com o lote da droga e quantos positivo para doença ingeriram o medicamento.
