Uso da Hidroxicloriquina em Itapetinga pode acelerar mortes de pacientes com Covid

Uso da Hidroxicloriquina em Itapetinga pode acelerar mortes de pacientes com Covid

OMS e especialistas apontam que uso da Hidroxicloriquina pode encurta a vida de pacientes com Civid.


Uso da Hidroxicloriquina em Itapetinga pode acelerar mortes de pacientes com Covid
Organização Mundial da Saúde conclui que hidroxicloriquina e cloroquina antecipa falecia do paciente que necessariamente salve a vida na pandemia da Covid-19.


Não se sabe o nível de sanidade mental que se encontra alguns fanáticos seguidores do presidente Jair Bolsonaro no município de Itapetinga. Que cobram do prefeito Rodrigo Hagge (MDB) uso da cloroquina e Hidroxicloriquina em paciente com Covid-19.

A cidade foi uma das quatro da Bahia que deu vitória ao presidente na última eleição. Além de Itapetinga, Bolsonaro venceu em Luís Eduardo Magalhães, Teixeira de Freitas e Buerarema. As demais 413 cidades o petista Fernando Haddad venceu nas urnas.

Após chegada de lote do medicamento da hidroxicloroquina, em Itapetinga, um frisson causou um entusiasmo que tomou conta nas redes sociais, que incentivava o prefeito e o Secretário de Saúde, Hugo Souza motivar médicos a prescreverem uso da droga no município para salvar os pacientes infectados com a Covid-19. Mesmo esse, ineptos bolsonaristas, terem conhecimento que o medicamento poder encurta a vida do que salvar de pacientes com o novo coronavirus.

Segundo IReporter site de Itapetinga, a prefeitura havia recebido um lote da droga na segunda-feira, (13). De acordo com o site a hidroxicloroquina chegou ao município através de contato com a médica Raíssa Soares, de Porto Seguro, que ganhou protagonismo nas redes sociais após pedir ao presidente Jair Bolsonaro Cloroquina e hidroxicloroquina para curar pessoas com a Covid-19.


Médica bolsonarista com secretário de Saúde de Itapetinga Hugo Sousa, recebendo possivel lote de medicamento de Hidroxicloroquina. Foto IReporter.


O presidente Jair Bolsonaro que tem a Cloroquina como estimação enviou para a médica baiana, mesmo sem autorização do Hospital de Porto Seguro, que recebeu o lote da droga.

Sobre os olhos do Conselho Nacional de Medicina e do Ministério Público Federal, a médica baiana procurou corrigir os entusiasmos bolsonarististas nas redes. Segundo Folha de S.Paulo, seria enganoso post no Facebook que afirma que uma médica “desmascarou governadores e prefeitos” e que o “presidente sempre esteve certo com relação à cloroquina”. A legenda é acompanhada de um vídeo gravado pela médica Raissa Soares, que trabalha no Hospital Navegantes e na Prefeitura de Porto Seguro, na Bahia, e defende o uso do medicamento para o tratamento do novo coronavírus com base em experiências pessoais.

Na filmagem a médica explica o protocolo adotado pela Prefeitura de Porto Seguro para o tratamento de casos de Covid-19. As medidas recomendam a utilização de ivermectina e nitazoxanida associadas ao antibiótico azitromicina logo no começo da infecção e, em caso de piora dos sintomas, o uso da hidroxicloroquina. Em nenhum momento a médica “desmascara” políticos ou faz referência ao presidente Jair Bolsonaro.

Além disso, o protocolo municipal de Porto Seguro é baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde e do governo estadual da Bahia. Embora afirmem que não há evidências científicas robustas para nenhum medicamento no tratamento da Covid-19, os dois documentos indicam o uso da hidroxicloroquina em alguns casos.

No vídeo, Raissa diz: “Não busque evidência nesse momento, nós estamos em guerra”. A postura da médica não é aconselhada por entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a equivalente norte-americana, a Infectious Diseases of America (IDSA), que defendem esse tipo de medicação apenas em ambientes de pesquisa. “Todas as estratégias, seja a hidroxicloroquina ou qualquer outra [azitromicina, ivermectina e nitazoxanida], estão em estudo, e não se justifica o uso por experiência pessoal porque isso não é ciência, isso é empirismo”, afirmou ao Comprova o infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu e consultor da SBI. Diz a Folha de S.Paulo.

Porém dias após o apelo ao presidente Jair Bolsonaro, enviou lotes do medicamento para cidade de Porto Seguro sobre aplausos de bolosnaristas e da médica baiana mesmo essa negando que a droga seria capaz de curar doente da Covid-19.

Em 4 de julho, a OMS(Organização Mundial da Saúde) encerrou em definitivo estudo com hidroxicloroquina para tratamento da Covid. Estudos mostraram que a hidroxicloroquina, além de duas medicações usadas contra o vírus da AIDS, "produzem pouca ou nenhuma redução na mortalidade de pacientes com covid-19 hospitalizados". OMS alertou ainda, que risco de morte com uso da droga pode acelerar o óbito do paciente da Covid.

Até o momento a Secretaria de Saúde de Itapetinga que sequer esclareceu o milagroso dados de 192 pacientes curados no município em apenas 24hs. Não deixou claro o que fazer com lote recebido das hidroxicloroquina. Já que o Ministro da Suprema Corte (STF), Gilmar Mendes, indicou as consequências futuras de crimes de genocídios pós-pandemia.