Assim como Queiroz, ex-ministro Geddel cumpre prisão em casa

Assim como Queiroz, ex-ministro Geddel cumpre prisão em casa

Na pandemia a justiça está permitindo a prisão domiciliar de presos potenciais de segredos como Geddel e Queiroz.


Assim como Queiroz, ex-ministro Geddel cumpre prisão em casa
Na Imagem: Fabrício Queiroz e Geddel Vieira Lima. Foto montagem IDenuncias.



A pandemia do novo coronavírus vem promovendo no judiciário brasileiro uma enxurrada de ações que pedem prisão domiciliar a criminosos do colarinho branco por temerem serem mortos nos presídios pela Covid-19. A maioria desses indivíduos são acusados de crimes de corrupção, estelionato e crimes complexos.

A diferença dessas figuras do crime em comparação aos outros presos é o potencial financeiro de ambos que possam bancar um bom advogado e recorrerem às instancias superiores do judiciário. Com os casos do ex-policial Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente da republica e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

No caso Queiroz, a despesas com advocatício não ficou a cargo do próprio ex-policial, mas por conta do clã Bolsonaro, que é bancado por amigos próximos. O temor é o de sempre, que Queiroz possa quebrar o silêncio e revelar os segados da família presidencial. Já Geddel, pagar advogado não é problema, para quem foi pego escondendo mais R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador, o resto é coisa pequena. O que ambos tem em comum? Segredos que envolve de presidente e ex da republica!

Prisão domiciliar de Marcia Aguiar e Fabrício Queiroz, ambos detêm segredos família presidencial.


Para se ter uma ideia do potencial desses presos. O amigão do presidente da republica e dos seus filhos saiu do Complexo Penitenciário de Bangu direto para cumprir prisão em sua casa, para isso, Queiroz só precisou da decisão do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro João Otávio de Noronha que concedeu prisão domiciliar, para ele e sua mulher Marcia que estava foragida da justiça e se entregou e foi parar na mesma prisão domiciliar do seu marido. No caso Geddel, uma canetada do presidente da Suprema Corte (STF), Dias Toffoli, resolveu o problema estadia prisional.

Toffoli, concedeu a mudança para o regime de prisão domiciliar para o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), que cumpre pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, ao considerar que haveria agravamento do estado de saúde do político baiano com “risco real de morte reconhecido”.

O presidente do STF argumentou que o despacho segue recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que prevê prisão domiciliar provisória para presos em grupos de risco em meio à pandemia do novo coronavírus. A medida vale somente até 17 de setembro.

Geddel chegou a realizar na última semana um teste rápido que deu positivo para a Covid-19. Mas a contraprova, um teste do tipo RT-PCR, considerado mais preciso, acabou não confirmando a doença, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia.

O pedido de mudança para regime domiciliar do ex-ministro acontece dois dias depois da morte do ex-deputado Nelson Meurer (PP-PR), que cumpria pena decorrente de investigação da operação Lava Jato e acabou infectado pelo novo coronavírus.